05 May 2024


Morando: "Nosso governo é de entregas e realizações e é assim que vamos continuar”

Publicado em Política
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O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), em entrevista especial à Folha do ABC, fez um balanço das principais ações de governo deste ano e revelou qual será o direcionamento do mandato para 2022. Como destaques, o prefeito elegeu o combate à Covid-19, com mais de 1,5 milhão de doses aplicadas e a geração de empregos. Além disso, o município receberá o investimento de R$ 9 bilhões, dos setores público e privado. E como 2022 também será ano de eleições, Morando contou, com exclusividade, sobre seus planos políticos e como poderá contribuir para a campanha à presidente da República do pré-candidato João Doria. Sempre, mantendo o foco na administração de São Bernardo que é a sua prioridade. Confira.

 

Folha do ABC - O ano foi marcado pela retomada das atividades e da economia com população praticamente vacinada em sua totalidade. Qual o balanço das ações que o sr. faz deste período? A cidade já voltou aos índices pré-pandemia?

Orlando Morando - Inegavelmente, 2021 foi marcado pelo combate à Covid-19. Tivemos um esforço enorme na vacina, estamos chegando, nesta sema-na, a 1,5 milhão de doses aplicadas. É praticamente como se tivéssemos vacinado duas vezes a população inteira da cidade. Atingimos 100% dos maiores de 18 anos, com duas doses. Estamos completando os de 12 anos, com duas doses e ansiosos para vacinar as crianças acima de três anos.

   O resultado foi extremamente frutífero. Basta olharmos a ocupação dos leitos hospitalares das vítimas de Covid. Chegamos a ter três hospitais trabalhando exclusivamente com Covid.

   Hoje, temos apenas o Anchieta com baixa ocupação. Tanto que já inauguramos a radioterapia e estamos atuando. Então, a maior marca, sem dúvida nenhuma, acho que de São Bernardo e da maioria das cidades foi a vacina, o enfrentamento, a abertura de leitos hospitalares, quando tivemos um novo pico neste ano, que não era esperado.

   Mas, nem por isso inviabilizamos as ações do governo. Procuramos manter, neste primeiro ano do segundo mandato, como se estivéssemos no quinto ano e não do primeiro do segundo mandato. Basta olhar as obras em todas as áreas, começando pela Educação, onde reformamos 100 escolas neste ano, com investimento de R$ 30 milhões. Zeramos a fila da creche, pela primeira vez na história da cidade. A antiga administração deixou uma fila de quase cinco mil crianças e, hoje, não temos nenhuma criança da cidade sem creche. Inauguramos a EMEB Aluísio de Azevedo, uma obra que estava parada há uma década no Jardim Calux, uma obra importantíssima. Na área de Mobilidade Urbana, iniciamos a duplicação do trecho entre o viaduto Tereza Delta e a Avenida Prestes Maia, que em fevereiro para março, já teremos parte deste sistema viário funcionando, que vai desafogar completamente o segundo acesso da cidade. Temos um pelo km 18, na região central e este do Tereza Delta, que vai melhorar e muito. Na Zeladoria Urbana, retomamos o programa Asfalto Novo. Já chegamos a 600 ruas, com nova pavimentação. Na área de Esportes e Lazer, demos sequência ao programa Praça-Parque. Na Saúde, iniciamos as obras do Futuro Hospital da Mulher, que entraremos já no ano que vem. Tivemos uma conquista importante que foi a unidade do AME Lucy Montoro, demos início às obras da construção da UPA do Jardim Silvina, inauguramos a primeira radioterapia pública do ABC. Também iniciamos as obras do segundo Bom Prato, que queremos entregar no primeiro semestre de 2022.

   Tivemos um misto de ações de infraestrutura, de serviços e atendimento social, com um volume grande na entrega de cestas básicas.

   O grande foco, além da vacina, foi a geração de empregos, lideramos durante todo o ano, a média ano, em todo o ABC, segundo o Caged, temos o melhor desempenho. São Bernardo é a cidade que mais gerou emprego do ABC.

   Segundo o estudo da Fundação Getúlio Vargas, que, junto com a Prefeitura, teremos um investimento entre 2021 e 2022 de R$ 9 bilhões. Serão 6,3 bilhões da iniciativa privada e o restante, concessionários e públicos, o que dará direto e indiretamente, 230 mil novos empregos, que nem todos ficarão em São Bernardo, mas mostra a importante recuperação que a cidade se posiciona no atual momento. É o que a sociedade espera, vacina, proteção à vida e oportunidades de emprego. São Bernardo tem, hoje, em execução, 1 milhão de metros quadrados de galpão. Dentre eles a área da Ford, que já teve as licenças, iniciaram as obras e ali as expectativas segundo os proprietários é a geração, só naquele local, de 4 mil novos empregos.

   Queria lembrar também que, segundo a Revista Exame, São Bernardo voltou a ser a principal cidade do país para a indústria e isso, quem classificou foi o ranking da Urban System.

   Insisto em dizer que não é o primeiro ano do novo mandato, é o quinto ano de governo e estamos em uma sequência de entregas, realizações, conquistas e terá muito por vir.

Folha - O sr. iniciará o segundo ano do segundo mandato. Estes dois primeiros anos tiveram como protagonista a pandemia em grande parte das ações. Nestes próximos anos, qual será o direcionamento? O que a população pode esperar para 2022?

Morando - Vamos continuar muito focados na geração de empregos e oportunidades. Não vamos abrir mão da segurança e vai continuar um grande foco na Saúde. Tanto que está chegando o novo Hospital da Mulher. É o terceiro hospital na minha gestão. Inaugurei o H.U, devolvi o Anchieta e vou entregar o novo Hospital da Mulher. Muito mais do que palavras, são as nossas entregas.

   Nosso governo não é do ‘vamos fazer’, ‘estamos fazendo’, aqui é estamos entregando. É um governo de entrega e realizações. É assim que queremos continuar.

   É um desafio diário. Não há guerras vencidas no poder público, há batalhas vencidas. Vencemos uma batalha a cada dia. Deixamos a máquina pública mais enxuta, mais eficiente, extinguimos autarquias que não tinham mais razão de existir na cidade e isso aumenta a capacidade de investimento do município e do atendimento na Assistência Social, na Assistência da Saúde. É um grande desafio, o que nos move, a mim e a minha equipe é aqui todos os dias temos que iniciar com a determinação como se fosse o primeiro dia.

   Então, não é nem o segundo ano do segundo mandato. É o sexto ano de um trabalho contínuo, com a mesma disposição como se fosse o primeiro dia.

   Este é o nosso lema e é isso que falo nas reuniões com os nossos secretários. Todos os dias temos que começar como se fosse o primeiro dia de trabalho. Em relação à troca do secretariado, por enquanto, a única mudança prevista é uma troca no Instituto de Previdência do Município de São Bernardo (SBCPrev), que estava sob o comando do Pedro Pinheiro, que depois de 40 anos de vida pública, o liberamos e o Marcelo assume.

Folha – Na área política, o sr. se destacou como líder do governo Doria no ABC. Como tucano fará voos mais altos nas eleições de 2022? Poderia ser o vice do Rodrigo Garcia? Qual o papel o sr. terá nas eleições a presidente da República?

Morando - Sou um agente político, gosto da política e gosto dos desafios. Agora, sou prefeito reeleito de São Bernardo, com uma votação muito alta. Não dá para prever nenhum novo movimento, até porque qualquer movimento neste momento poderia me tirar do foco da Prefeitura e não vou abrir mão de continuar exercendo com muita responsabilidade, enquanto aqui estiver, o meu total empenho. A minha capacidade de trabalho é para a Prefeitura de São Bernardo. Não dá para dizer que desta água nunca beberei, mas não há nenhuma previsão a curto prazo.

   É uma avaliação que só dá para fazer quando se tem o convite feito. Imaginar ser convidado é até deselegante, com quem vai convidar. Temos que aguardar. Continuo sendo um militante do PSDB, fiquei muito feliz com a vinda do Rodrigo Garcia para o PSDB. Tenho certeza que ele, a partir de abril, dará continuidade a uma grande gestão, com muitas entregas e realizações. Então, o nosso perfil nos une. Ele é pragmático, objetivo. É um político experiente e São Paulo estará em boas mãos sob o comando do Rodrigo Garcia, a partir de abril.

   Agora, o restante é composição. Não consigo imaginar que para o pleito do ano que vem tenhamos chapa pura. Acho que com todos esses movimentos, tenha que haver uma coalizão de mais partidos, inclusive cedendo espaço, eventualmente, para o Senado ou para vice. Não dá para imaginar uma chapa pura.

   Será meu candidato a presidente. Tivemos uma boa vitória que foram as prévias. Agora, daremos tempo ao tempo. Não sei objetivamente qual será o papel. Entendo que o ideal é dividir o país, sob o aspecto de coordenação. Não acho que paulista tenha que meter o bico no Nordeste. Penso que ele vai fazer isso, dividir o país regionalmente, sob os aspectos de coordenação. Isso vai dar um dinamismo muito melhor e ao mesmo tempo a oportunidade de construir um Plano de Governo melhor e de poder ter um diálogo melhor que a sociedade, que na minha opinião, é o que faltou nas eleições tucanas do passado.

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