05 May 2024


No ABC, 1 milhão está em atraso com a terceira dose da vacina contra a Covid

Publicado em Saúde
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  No ABC, incluindo as sete cidades, pelo 1.089.700 de pessoas estão com a terceira dose da vacina contra Covid-19 em atraso, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado, que considera a população a partir dos 12 anos. O número corresponde a aproximadamente 38% da população total dos sete municípios. A aplicação da terceira dose no ABC teve início em setembro de ano passado. Segundo balanço da Secretaria, há ainda na região 1,92 milhão de pessoas que poderiam ter tomado a quarta dose, mas ainda não tomaram. A aplicação da quarta dose iniciou no mês de março deste ano. O levantamento utilizou os últimos dados disponíveis, de terça (8). A baixa adesão às doses de reforço pode ser resultado da certa tranquilidade causada pelo arrefecimento da pandemia, com baixa no número de casos e óbitos e o relaxamento das medidas de proteção.

  Na quinta (11), o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, afirmou, em live nas redes sociais, que 25% da população da cidade ainda não tomou a terceira dose e 60% (432 mil pessoas) ainda não tomou a quarta dose. “Tem mais da metade da cidade, com risco de ser infectado. Ou cumprimos o ciclo de vacina, ou o problema está aí de novo”, afirmou Morando. O prefeito ainda enfatizou a baixa adesão na vacinação de crianças. Apenas 21% tomaram a primeira dose da vacina contra Covid-19 e 5% tomaram a segunda dose. “Eu não quero voltar a ver o cemitério cheio. Não quero voltar a ver o caos no hospital. É um apelo que faço, voltem a tomar a santa vacina. Não deixem essa maldição voltar”, disse.

Alta dos casos - A região do ABC registrou, na terça (8), 430 novas infecções por Covid. O número é 170% maior que o acumulado nos sete primeiros dias do mês de novembro. A professora da Universidade Federal do ABC, Marcia Sperança, membro do Núcleo de Monitoramento e Testagem de Coronavírus da UFABC, que acompanha semanalmente por teste de RT-PCRa porcentagem de positivos de coronavírus na região, afirma que a mesmo com a vacinação, sempre foram diagnosticados novos casos de SARS-CoV-2.

   “Muitas pessoas se infectaram em janeiro deste ano. De uma certa forma, a infecção por coronavírus também gera imunidade. Tanto a vacina como a infecção geram uma imunidade por um período de 4 a 6 meses. E, como o vírus continua circulando, as pessoas acabam adquirindo uma nova infecção. A vacinação diminui a doença, mas não evita infecção. Uma vez que a imunidade vai caindo, a pessoa se infecta novamente”, afirma Márcia.

 Segundo a infectologista, passada a onda de agosto, o vírus continuou circulando em 1% da população. “Previmos que em novembro haveria uma nova onda de coronavírus, porque dá os quatro meses de imunidade. Foi o esperado. Agora, começou a quinta onda, com variantes novas. Se nada for feito, teremos uma nova onda em março de 2023”, disse. Márcia alerta para que os governos preparem vacinas atualizadas. “O vírus evolui e a vacina é a mesma. Tem que existir uma atualização das variantes vacinais também”, afirmou.

   Em relação à baixa adesão na vacinação, a professora afirma que é porque não existe uma conscientização da população quanto ao risco da pandemia e ao risco da situação. “Isso nunca vai virar uma gripe. Quem teve Covid, ficou com sequelas, tem estudos que mostram isso. Essa informação de quem teremos de conviver com isso, isso deixa a população desanimada para se proteger”, explicou. 

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