18 May 2024


Tite Campanella completa um mês à frente da Prefeitura

Publicado em Política
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Tite Campanella (Cidadania), prefeito em exercício de São Caetano, completa, nesta segunda (1) de fevereiro, um mês no comando da Prefeitura. Em entrevista exclusiva, na qual transpareceu muita emoção por estar ocupando uma cadeira que, um dia já foi de seu pai, o ex-prefeito Anacleto Campanella, revelou as principais realizações deste período. O início da vacinação contra a Covid-19 e a preparação para a volta às aulas presenciais na rede municipal são as principais. Em relação à saúde financeira da cidade, revelou que foi realizado um enxugamento da máquina pública, que gerou economia de R$ 90 milhões para 2021. Sobre o indeferimento da candidatura de José Auricchio Júnior, caso seja mantido, enfatizou que: “não existe Plano B. O meu Plano A é suprir a ausência do Auricchio, no máximo até abril”, disse. Tite disse torcer para que Auricchio volte a ocupar a “cadeira que pertence a ele, legitimamente. Acho que é isso que a cidade espera. A cidade o elegeu. Voltarei para a minha função na Câmara, onde gosto, e trabalhei para me eleger”, garantiu.

 

Folha do ABC- Mais de 50 anos depois, o sobrenome Campanella volta ao comando da Prefeitura de São Caetano. Qual a sensação de estar prefeito? Esse período de “test-drive” pode impulsionar o lançamento de sua candidatura à prefeito nas próximas eleições municipais?

Tite Campanella- O sonho, e a vontade de ser prefeito estou matando agora. Fico muito feliz de estar sentado na cadeira que um dia pertenceu ao meu pai. Fico muito orgulhoso de estar trabalhando pela minha cidade também. Quem está na política tem que estar preparado para esse tipo de situação. É uma coisa natural, seja como vereador, presidente de Câmara, prefeito. Lamento as circunstâncias que isso ocorre porque o José Auricchio Júnior é o prefeito legitimamente eleito pela cidade, teve 42,8 mil votos. Foi uma votação expressiva, manifestando a vontade da população. Gostaria muito de assumir a Prefeitura, em uma eleição em que vencesse. As circunstâncias me levaram a ocupar essa cadeira nesse momento. Espero que seja breve. Vamos dar continuidade à proposta vencedora das eleições. A equipe toda que estou trabalhando já conheço, há bastante tempo, como líder de governo. Então, acho que vamos conseguir manter a qualidade no padrão e no atendimento que a cidade exige. Só substituímos o secretário de Esportes, pela Renata Trevelin, que é formada dentro do nosso serviço público. É uma mudança que já era esperada, fora isso não mexemos em mais ninguém.

 

Folha- Como ficará a situação econômica da cidade para esse novo ano, ainda em pandemia?

Campanella- Em relação ao ajuste fiscal, não mudamos nada, mas não contratamos mais ninguém. Estamos num processo muito forte de ajuste fiscal, neste começo de ano, em que a gente precisa acertar. Toda mudança de mandato é assim, mas sempre dá uma regenerada na administração e precisamos nos preparar. Não sabemos como irá se comportar a arrecadação deste ano, por causa da pandemia, deste abre-fecha, fase vermelha, laranja, etc. Então, temos que nos precaver. Já adotamos algumas medidas de contingenciamento de 6% do orçamento. Um enxugamento da máquina pública, uma revisão dos contratos, que nos dá uma economia de mais ou menos R$ 90 milhões para esse ano de 2021. Dentro desse parâmetro, teremos um ano tranquilo. Nossa arrecadação tem se comportado bem, nesse primeiro mês de janeiro, temos conseguido fazer frente aquilo que imaginávamos arrecadar. Em comparativo a janeiro do ano passado, a arrecadação aumentou em 3%, também com o IPVA e o IPTU. Ainda não fechamos os números, mas se comportando assim, o número é muito melhor.

 

Folha- Na segunda (1), o sr. completa um mês à frente do governo. Quais foram as realizações e desafios deste período?

Campanella- Foi um mês em que pude fazer muito pouco. O mais importante foi esse ajuste fiscal mesmo. Conseguimos retomar os parques da cidade, com a reabertura, e eles vêm dentro de uma ideia, de um conceito de tentativa de voltar à normalidade.  Apesar das novas limitações, temos que voltar o mais próximo possível da vida normal. Teremos que manter o distanciamento, uso de máscara e outros protocolos, mas esperamos de uma maneira em geral, trazer as pessoas de volta a um convívio adequado.  Junto a isso vem a questão da vacina. Esse ajuste fiscal inclusive foi motivo para que pudéssemos ter os recursos guardados para a aquisição das vacinas, o mais urgentemente possível. Assinamos dois protocolos de intenção, com Instituto Butantan e com o laboratório Janssen, para a aquisição dessas vacinas, assim que elas estiverem disponíveis no mercado, ou qualquer outro laboratório que também tiver a vacina, com disponibilidade, teremos recursos suficientes para fazer a compra e atender aquela faixa etária, de 18 até 60 anos, que não está compreendida no grupo prioritário. Outro desafio é a volta às aulas. Não houve ninguém mais prejudicado, nesse processo todo, e foi ruim para todo mundo, do que as crianças. Foram totalmente alijados da convivência com outras crianças, com os professores, da convivência dentro da sala de aula, da escola. O prejuízo causado às crianças é uma coisa que não vamos conseguir estimar jamais. Precisamos trazer essas crianças, novamente, para o convívio social, para uma vida mais normal possível. E cuidar também, do desenvolvimento cultural deles, que têm que aprender, estudar. É preciso eliminar essa diferença social que existe, hoje, através da Educação. É essa também nossa prioridade. A partir de 11 de fevereiro, nossas aulas das escolas municipais voltam.

Folha- Caso a situação de indeferimento da candidatura de Auricchio não seja revertida na Justiça, qual o plano B do governo? Quem será o provável candidato do governo? O deputado Thiago Auricchio (PL), ou a sua própria candidatura?

Campanella- Não existe Plano B. O meu Plano A é suprir a ausência do Auricchio, por três, quatro meses no máximo, até abril, que é o prazo que acredito já ter sido julgado o recurso dele e tenha sido autorizado a voltar a ocupar a cadeira que pertence a ele, legitimamente. Acho que é isso que a cidade espera. A cidade o elegeu. Espero isso também. Voltarei para a minha função na Câmara de Vereadores, onde gosto, e trabalhei para me eleger. Só trabalho com esse horizonte, breve, de no máximo quatro meses. E, a partir dessas decisões, o que ocorrer, nesses quatro meses, sentaremos e iremos conversar, mas a minha torcida é para que isso se resolva rapidamente. Não dá para fazer uma previsão, o Judiciário é muito complicado. Torço para que o Auricchio seja premiado com o retorno dele.

Folha- Enquanto isso, São Caetano fica sem ter em execução o Plano de Governo? Como ficam os projetos que seriam iniciados e os que estavam em andamento?

Campanella- O Plano de Governo do Auricchio está sendo executado. Quando se diz continuísmo, há a ideia que não muda nada, fica tudo igual, prefiro dizer que vamos dar continuidade. Discutimos o Plano de Governo nas eleições. É importante deixar claro. Participamos de um processo eleitoral, em que levamos para população, ideias e propostas para serem implantadas, nesses próximos quatro anos. A população concordou com as nossas ideias, com as nossas propostas, tudo isso condensado no Plano de Governo do Auricchio. Ele ganhou as eleições, com 42.842 votos. É uma votação significativa para São Caetano. Então, é esse projeto vencedor, que estou representando hoje. Era líder de governo, virei presidente da Câmara, estou na cadeira, temporariamente, mas o projeto de governo vencedor das eleições é o que será executado, nesses próximos quatro anos, estando eu na cadeira ou o Auricchio na cadeira. Não há interrupção. Temos vários escalões administrativos, que vão ajudar a implementar as políticas que foram discutidas na eleição. A própria equipe que estamos administrando é a mesma. Vamos perseguir os objetivos da mesma maneira. 

Última modificação em Sábado, 30 Janeiro 2021 08:41
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