18 May 2024


Filippi: “lançaremos um programa de geração de renda em março”

Publicado em Política
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José de Filippi Júnior voltou ao comando da Prefeitura de Diadema. Além de ter concluído três mandatos como prefeito do município (1993-96), (2001-2008), também foi deputado estadual, federal e secretário de Saúde de São Paulo, no governo do ex-prefeito Fernando Haddad. Em entrevista exclusiva, Filippi revela que em Diadema, cerca da metade da população economicamente ativa recebe algum auxílio do governo. Sobre a situação econômica da cidade, conta que até meados de fevereiro irá apresentar um relatório final para a população. “A situação financeira não é boa, mas temos uma equipe muito capaz, dedicada e com muita vontade de fazer as coisas acontecerem”, diz.  Sobre o antipetismo é enfático: “foi um veneno que colocaram no coração das pessoas” e avalia que Lula ainda é “a maior liderança do PT e do Brasil, com reconhecimento internacional”. Confira.

 

Folha do ABC - O sr. chega pela quarta vez ao comando da Prefeitura de Diadema. Como toda essa experiência irá contribuir para fazer as mudanças que o município espera e para o enfrentamento da pandemia?

 

José de Filippi Júnior - Estamos vivendo hoje um dos momentos mais desafiadores da história recente da humanidade. Um vírus desconhecido e traiçoeiro pegou o mundo de surpresa. Gestos de carinho como o beijo e o abraço se tornaram um perigo à saúde. E fomos obrigados a nos trancar em casa e a ver a vida pela tela do celular. Para enfrentar essa pandemia, ter experiência na gestão pública é importante uma vez que compreendo que esse é um problema de saúde pública, mas que também traz consequências sociais graves. Ainda mais em uma cidade como Diadema, que cerca da metade da população economicamente ativa recebe algum auxílio do governo. E para problemas complexos, temos que pensar em soluções a curto, médio e longo prazos, sempre envolvendo a sociedade e os diferentes setores. É isso que já estamos fazendo nesse quase um mês de gestão. Uma de nossas medidas foi a criação do Comitê Intersecretarial de Acompanhamento das Ações para Combate à Covid-19. O objetivo é construir propostas e realizar o planejamento das ações de controle e prevenção ao coronavírus na cidade de maneira intersetorial. Além da secretaria de Saúde, fazem parte do comitê a chefia de gabinete, as secretarias de Comunicação, de Educação, de Desenvolvimento Econômico, de Transportes, de Habitação e de Defesa Social.

 

Folha - As áreas da Saúde e Economia são as mais afetadas pela pandemia. Na Saúde, quais ações serão implantadas para evitar a falta de leitos de UTI para Covid e na questão da vacina, para que doses sejam furtadas como ocorreu na UBS Parque Rei? Na Economia, quais as iniciativas para combater o desemprego e o fechamento dos estabelecimentos comerciais?

 

Filippi - Sobre a questão da falta de leitos, estamos fazendo o monitoramento e até segunda (25), a taxa de ocupação na UTI era de 30% e na enfermaria era de 46% aqui em Diadema. Dados que divulgamos nos nossos canais oficiais diariamente. Portanto, não há necessidade de alugar leitos privados nem construir um hospital de campanha na nossa cidade neste momento. Mas, caso a taxa aumente muito, vamos fazer o que tiver que ser feito para oferecer atendimento médico para a população. Na UBS Parque Reid, foram furtadas duas doses da vacina Coronavac. Quem identificou o sumiço dessas duas doses foi a nossa coordenação que logo registrou um Boletim de Ocorrência. Ou seja, o problema foi identificado com rapidez e as providências foram tomadas. O caso agora está na mão da Polícia Civil. O nosso controle que já era rigoroso ficou ainda mais, e ampliamos as rondas da Guarda Municipal nos locais onde as vacinas estão armazenadas. Na economia, estamos conversando com o setor de economia solidária e também com o comércio e indústria locais. Estamos primeiro ouvindo as necessidades de cada setor para, a partir disso, propor algumas soluções. Mas já posso adiantar que em março vamos lançar um programa de geração de renda que ainda não posso dar detalhes, mas que vai ajudar bastante gente.

 

Folha - Como está a saúde financeira do município, neste período difícil da pandemia?

 

Filippi - A transição foi muito rápida. Tivemos 12 dias úteis no ano passado, quando precisaríamos de pelo menos dois meses. Ainda estamos fechando os diagnósticos por área e os pareceres, porque todo dia aparece algo novo. Até meados de fevereiro devemos apresentar um relatório final para toda a população de Diadema de como encontramos nossa cidade. A situação financeira não é boa, mas temos uma equipe muito capaz, dedicada e com muita vontade de fazer as coisas acontecerem. 

 

Folha - Na sua avaliação, o Lula ainda é a principal liderança do PT? O antipetismo perdeu força no Brasil, em especial no ABC, onde o partido retomou o comando de duas prefeituras. Qual o cenário que o sr. projeta para 2022?

 

Filippi - Lula é a maior liderança do PT e do Brasil, com reconhecimento internacional. A figura dele ganha ainda mais importância quando comparamos com este genocida que está na presidência hoje. Sobre o antipetismo, costumo dizer que foi um veneno que colocaram no coração das pessoas. Ele ainda está lá, mas é por meio de políticas públicas concretas e mostrando a verdade ao povo que vamos extirpar esse veneno de vez. Para 2022, projeto um cenário com três forças em disputa: a extrema-direita, com o Bolsonaro; a centro-direita, com Doria apontando como expoente; e a esquerda em uma grande frente democrática.

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