O presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Pedro Cia Júnior, realizou, na segunda (4), coletiva de imprensa, junto ao novo presidente eleito, Evenson Robles Dotto, que será empossado, na quarta (6).

Na ocasião, Pedro Cia contou sobre os desafios durante os seis anos dos dois mandatos consecutivos que teve na presidência da entidade. “Foram diversos desafios dos seis anos da minha gestão. Foi um período muito complicado da pandemia, tivemos grandes barreiras a transpor, principalmente neste período de pandemia, mas todos os anos foram importantes e algumas conquistas também de dois mandatos da minha gestão”, revela.

Segundo o empresário, durante a pandemia a Acisa teve que fazer um ajuste de contas. “Tínhamos um caixa que tinha as suas despesas, mas as receitas caíram pela metade. Então, também tivemos que reduzir as despesas, em menos de um mês, pela metade. Renegociamos vários contratos, tivemos algumas soluções, na transformação digital que foram muito importantes para a continuidade dos serviços. Alguns parceiros tiveram que mudar também. Fizemos o primeiro certificado digital, sem ser presencial. Conseguimos direcionar o serviço da Junta Comercial, que é muito importante para nós, com um drive-thru, com a permissão da Junta Comercial de São Paulo, fizemos rodar alguns serviços. Foi um período difícil”, relembra.

Pedro Cia ainda falou sobre as conquistas no período. “Criamos a Academia de Negócios e Inovação, porque entendemos que a capacitação e toda a vez que um empreendedor, um empresário capacita, ele sai na frente no mercado, em relação aos seus concorrentes. Então, ele entende melhor o cenário onde está, tem melhor condição de avaliar o seu negócio e isso é muito importante e a academia trouxe inúmeros cursos, palestras. Grandes parcerias com as universidades da região, com o Sebrae, Senai, entre outros”, conta.

Também foi criado o Centro de Capacitação e Negócios. “É um prédio muito moderno, de quase 600 m², com salas de treinamento, de coworking para locação e parcerias”, diz. Além disso, o empresário diz que houve saldo de 330 associados em 2023. “Mantivemos uma média de 28, 29 novos por mês”, diz.

O novo presidente, que já esteve no comando da entidade durante dois mandatos, de 2012 a 2015 e de 2015 a 2018, anunciou que, para seu terceiro mandato, a prioridade será reforçar o associativismo e continuar a aumentar o número de associados.

“A Acisa não recebe nenhum dinheiro público, ela vive dos serviços que presta para os associados, portanto, queremos reforçar bastante o associativismo, também. Temos aproximadamente 4 mil associados e temos que aumentar muito mais”, avalia. “A ideia é fortalecer cada vez mais o associativismo, mostrar o trabalho que fazemos em nome do comércio, da indústria e da prestação de serviço, para trazer cada vez mais associados. Então, a Acisa ficar cada vez mais independente e imune a esses problemas que acontecem na economia, no geral. A associação tem que sobreviver, tem que ser perene. Já tem 86 anos e tem que ser eterna”, completa.

AUXÍLIO AOS EMPREENDEDORES

O serviço de destaque da entidade é o auxílio, por meio de cursos do Sebrae, aos empreendedores e comerciantes. Dado do IBGE apontam que a maioria das empresas não dura 10 anos e 1 a cada 5 fecha no primeiro ano de existência.

“O brasileiro abre um negócio, sem entender sobre o negócio que ele vai abrir. Sem saber como fazer capital de giro. Um erro frequente que vemos é o empreendedor que, por exemplo, vai vender carne de primeira, em um determinado mais popular. Assim, ele não vai vender. Então, ele tem que saber onde ele está inserido e para isso, ele tem que estudar. Ele pode fazer cursos, que temos parceria com o Sebrae, que são muito importantes, antes de abrir o negócio, para que ele consiga fazer com que o negócio gire no dia a dia”, enfatiza Pedro Cia.

Outro exemplo que o empresário dá é a compra errada de estoque. “É algo que leva muitos comércios a falência. No caso de vestiário, é sazonal, se ele compra muita roupa de frio, chegou no verão ele não vendeu, ele está com o estoque parado um ano. Isso é comum de acontecer e ele poderia estudar um pouco para saber o que ele poderia fazer. Nossa parceria com o Sebrae é muito importante neste sentido para que as empresas não fechem e as que estão abertas continuem. São cursos inclusive de como negociar com o banco, para que ele tenha noção”, destaca.

Evenson destaca os cursos oferecidos para ajudar os empresários. “Se a pessoa pega as economias de uma vida inteira, quer abrir um negócio e sequer vai se informar. Vemos bastante isso. E em um ano a pessoa já fecha. Daí a pessoa pede ajuda, quando já não existe mais possibilidade de ajuda. Não tem como fazer mais nada. Antes da pessoa abrir um negócio, ela tem que estudar. Esse estudo é o que fazemos. É o que o Sebrae faz, para incentivar a pessoa a se aprimorar para dar certo. Ela pode fazer os cursos na Acisa. A pessoa está investindo as economias da vida inteira. Não pode errar, tem que dar certo”, afirma.