08 May 2024

Publicado em Dom Pedro
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A vida de fé não dispensa o cristão católico da participação política. Embora a missão da Igreja não seja fazer política partidária e sim evangelizar, nenhum cristão está isento de participar da realidade da vida no dia a dia. Por que? Porque o maior mandamento é o mandamento do Amor (cf. Mt 22,38). E amor implica em relações com as outras pessoas. A sociedade é feita de relacionamentos e a política é a arte de buscar sempre o bem comum, que se dá neste relacionamento, para que todos possam estar bem dentro do conjunto da sociedade.
Política é uma realidade cheia de contrastes. É o conjunto de ações pelas quais se busca uma forma de convivência construtiva, dado que o ser humano vive de relacionamentos. Eles são vitais. Através deles pode construir-se uma sociedade feliz ou infeliz, sadia ou doente.
O Compêndio da Doutrina Social da Igreja, aprovado pelo Papa São João Paulo II, propõe aos cristãos católicos, o empenho por um humanismo integral e solidário, no qual a pessoa humana é fundamento e fim da convivência política. A pregação do Evangelho deve ser acompanhada pela promoção da dignidade humana. A oração do cristão não pode ser alienada daquilo que se passa ao seu redor. Por isso, a maior oração que temos fala do Pai nosso e do pão nosso de cada dia.
A falta de consciência política torna imprescindível a ação educadora da Igreja, com base na sua Doutrina Social, com o objetivo de que os cristãos considerem sua participação na vida política da Nação, como um dever de consciência e como o exercício da caridade, em seu sentido mais nobre e eficaz. Por isso, nossa Diocese distribuiu entre os fiéis que aceitaram, a “Cartilha sobre conscientização política” em vista destas eleições que agora está no seu segundo turno em nosso Estado.
Segundo a Doutrina Social da Igreja, a pessoa humana tem a primazia na política pois o homem vale pelo que é, e não pelo que tem ou pelo que faz ou produz. A dignidade do ser humano deriva de do fato de ser pessoa “imago Dei” (imagem de Deus). Daí então a necessidade de uma política que promova a dignidade integral da pessoa, e tenha o compromisso de defender os direitos humanos. Por isso nada mais contrário à política do que o egoísmo que destrói a amizade social.
Infelizmente, a política é a única profissão para a qual ninguém julga necessário o preparo. Com razão exclamava o Padre Júlio Maria, filósofo e escritor: “Todo o mal do Brasil é que a política é uma profissão: mas os políticos não são profissionais”.
No entanto, mesmo assim, por mais difícil que seja decidir entre um e outro candidato, a população deve votar e escolher os políticos. Nem sempre é fácil, pois, muitas vezes, o bem possível é o mal menor. Mesmo assim, não se deve omitir de escolher e participar através do voto livre e consciente.
Quando a população bem orientada faz justiça pela “arma” do voto, diminui a violência na sociedade, dado que não se torna necessário pegar em armas.

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