04 May 2024


Guto Volpi: “A FLIRP, hoje, é internacional”

Publicado em Cultura & Lazer
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Ribeirão Pires promove, no sábado (28) e domingo (29), das 9h às 19h, a 2ª edição da Feira Literária (FLIRP). O prefeito Guto Volpi (PL), em entrevista exclusiva à Folha, nesta terça (17), antecipou algumas das principais novidades do evento.

 Com entrada gratuita, o evento será realizado nas ruas Felipe Sabbag, Domingos Morgado, Leonardo Meca e no Paço Municipal. A FLIRP contará com mais de 30 editoras confirmadas, painéis de palestras e bate-papos, lançamentos de livros e intervenções culturais.

 “A FLIRP acontece, agora, no final do mês, com o tema que é a Clarice Lispector. A primeira edição foi um sucesso e a segunda será espetacular. Tem muita novidade. Teremos grandes atrações como o Itamar Vieira Júnior, a Beth Goulart, teremos a participação do hip hop, dos autores independentes. Teremos a participação especial da Ucrânia e de mais de 30 editoras. A feira é uma ideia que não partiu de mim, veio da gestão do prefeito Clovis Volpi”, contou.

Guto revela que a FLIRP, nesta edição, ganhou dimensão internacional. “A FLIRP, hoje, é internacional, que foi um passo corajoso também para ter dado. Principalmente, na escolha do tema da festa, que é a Clarice Lispector, ela ser ucraniana. Buscamos na Ucrânia um pouco da história dela e, fizemos uma parceria internacional. Isso é um passo importante para a cultura de Ribeirão”, disse.

O prefeito revelou que Ribeirão Pires, agora, se tornará uma cidade irmã de Chechelnyk, cidade onde nasceu Clarice. “Está aí a cultura de paz que todo mundo prega, o que a Agenda 2030 prega, a gente põe em prática”, destacou.

 O diretor da Política Municipal de Patrimônio em Ribeirão Pires, Marcílio Duarte, contou à Folha, que a FLIRP está se consolidando como uma grande atração cultural da cidade. “A feira está começando a se consolidar. A FLIRP nasceu grande, em 2022, por conta da homenagem ao centenário da Semana de Arte Moderna e ao Oswaldo de Andrade, mas esse ano, seguindo até determinações do próprio prefeito de abrir espaço para os autores independentes, os coletivos, os artistas da cidade, a gente viu a possibilidade de homenagear uma mulher e entre as opções que tínhamos, a Clarice Lispector é a que mais trazia visibilidade”, destacou.

Segundo Marcílio, a Clarice tem projeção internacional. “Ela agrega muito para a FLIRP. A Clarice tem uma obra ímpar, uma obra de grande representatividade e significância para a literatura brasileira, mas não só brasileira, para a literatura internacional. Ela surge ali no momento da terceira geração do modernismo no Brasil e traz pela primeira vez a voz feminina para a literatura, mas não é só a narrativa, ela traz a psique ou pensar, a forma como mulher pensa, as suas angústias, os seus problemas, os seus desafios, os seus dramas, sendo ela própria, a Clarice, uma vítima de trauma de guerra na Ucrânia”, explicou.

O diretor ainda avalia que a obra de Clarice traz a literatura como uma forma de sobrevivência, de superar os traumas. “A Clarice veio para o Brasil com os seus familiares, o pai e a mãe da Clarice eram judeus, eles vêm para o Brasil fugindo dos pogroms, que era um processo de perseguição que acontecia na Ucrânia”, afirmou. “Esse trauma sempre permeou a vida da Clarice e ela conseguiu se libertar a partir da literatura. Então, está aí a importância da literatura como uma forma de sobrevivência, de superar os seus traumas, superar até mesmo ideações suicidas, superar conflitos e buscar a paz”, completou. 

Última modificação em Quinta, 19 Outubro 2023 12:21
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