O carnaval é um dos acontecimentos mais populares e tradicionais que é realizado em diferentes locais do mundo. Os historiadores entendem que se trata de uma festa cristã, pois sua origem tem ligação direta com o jejum quaresmal, mas demonstra a influência que sofreu de outras festas já então existentes.
   O rito se convertia em caráter de subversão de papéis sociais com a transformação temporária das pessoas em diversas personalidades, tudo fazendo crer da liberação de comportamento sob as frenéticas danças e músicas. Nessa oportunidade, ocorreu a crítica da Igreja Católica pois ficou entendido que essa inversão de papéis influía na relação entre Deus e o demônio.
   Por isso, a Igreja Católica decidiu dar um novo significado como sendo mais cristão, quando foi criada a Quaresma, período de quarenta dias antes da Páscoa, e com a instituição do jejum. Durante o período medieval, por volta do século XI, no período fértil para agricultura, homens jovens que se fantasiavam de mulheres saindo as ruas e aos campos durante algumas noites, dizendo-se habitantes da fronteira do mundo, dos vivos e dos mortos, e invadiam os domicílios, com a aceitação dos que lá habitavam, fartando-se com comidas e bebidas, e também com os beijos das jovens das casas.
   No renascimento, nas cidades italianas, surgia a “commedia dell’art”, teatros improvisados, cuja popularidade ocorreu até o século XVIII. Em Florença, na Toscana, foram criadas muitas canções para acompanhar os desfiles, que contavam ainda com carros decorados, os Trionfi. Em Roma e Veneza, os participantes usavam a bauta, uma capa com capuz negro, que encobria ombros e cabeça, além de chapéus com penas.
   O que se nota, é a lógica que regia as festas na antiguidade, pois era a mesma para o carnaval na Europa da Idade Media e Moderna, ou seja, o mundo de cabeça para baixo. Assim, trata-se de um período de inversão proposital da ordem, portanto, as restrições das vidas das pessoas eram abolidas, e os papeis que existiam na sociedade eram invertidos.
   Com os conflitos religiosos, ocorreu a tentativa de silenciamento dessas aberrações, cuja reação aos conflitos religiosos que atingiram a Europa naquele período, ensejaram a explicação como forma de impor controle social, inclusive pelo conservadorismo. Segundo os historiadores, o carnaval chegou no Brasil, durante no período colonial, caracterizado por diversas brincadeiras, com os foliões fantasiados e dançando sob os batuques dos instrumentos próprios e ritmados e com diferentes requebrados dos animados foliões.
   A festa agendada é marcada por quatro dias, porém em alguns rincões, chega a durar mais de uma semana, sendo a mais celebrada por toda a população. Com o surgimento das manifestações carnavalescas e brincadeiras com as pessoas fantasiadas, e que dançavam em todos os locais possíveis. Após um tempo, surgiram cordões e ranchos, as festas de salão, os cursos, e as escolas de samba.
   Os afoxés, frevos e maracatus passaram a fazer parte da tradição cultural carnavalesca brasileira, como as marchinhas, sambas e outros gêneros musicais que foram incorporados à manifestação cultural do Brasil. Atualmente, a festa carnavalesca demanda o tempo de grande feriado, pois a partir da sexta-feira de carnaval, os foliões apenas retornam na quarta-feira de cinzas, enquanto outros mais entusiasmados emendam a semana ao retornar somente na segunda-feira.
   Está é a razão pela qual dizem que o pais somente inicia os trabalhos, após o carnaval, uma grande verdade. Como se vê, gradativamente, ano a ano, o carnaval vem tomando enorme proporções com mas escolas de samba, desfiles carnavalescos, concursos de fantasias, trio elétricos e blocos, tornando tudo isso a maior festa nacional. E você já escolheu a sua fantasia.