02 May 2024

Publicado em Editorial
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   Os novos governos, federal, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e estadual, com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chegaram aos 100 dias de gestão.
   O terceiro mandato de Lula começou com a reedição de programas sociais de antigas gestões petistas, como o Bolsa Família, o Mais Médicos e o Minha Casa, Minha Vida, que haviam sido abandonados ou tiveram redução orçamentária nos últimos anos. O governo não rompeu com o discurso polarizador do “nós contra eles”. O país ainda vive resquícios da polarização política pré-eleição e seus reflexos.
   Outras promessas e metas de campanha ainda dependem de mais tempo e do Congresso Nacional para deslanchar. Na área política, o governo segue sem base sólida expressiva no Congresso, onde o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) tem ganhado superpoderes desde sua reeleição, em fevereiro. Na quarta (12), por exemplo, fechou acordo para formar um "super bloco" com 9 partidos (PP, União Brasil, PDT, PSB, Solidariedade, Avante, Patriota e a federação Cidadania-PSDB) e 173 deputados.
   No plano internacional, Lula retomou o diálogo com muitos países, chegando a se reunir presencialmente ou por contato telefônico com cerca de 30 chefes de Estado e de governo.
Lula também enfrentou fortes crises em poucas semanas à frente do Palácio do Planalto, como os atos de vandalismo de 8 de janeiro e a morte de indígenas na reserva ianomâmi.
Sob o slogan “O Brasil voltou”, agora, Lula inicia o que vem chamando de “nova fase” da administração, com a retomada de obras de infraestrutura paralisadas e anúncio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) versão 3.0.
   Pela frente, Lula tem o desafio de encontrar novas marcas para o terceiro mandato, e em um momento de enormes incertezas econômicas, trazer um alento à população que ainda sofre com desemprego e a inflação dos alimentos. A principal medida tomada nesse período foi a apresentação do arcabouço fiscal, com propostas de novas regras para as contas públicas e controle da dívida do país, que deverão substituir o chamado teto de gastos. O texto, no entanto, ainda precisará ser aprovado pelo Congresso Nacional.
   No Estado, Tarcísio de Freitas, com a premissa de que: ‘São Paulo são todos’ tem dado destaque para o diálogo com todas as esferas de poder e sociedade civil. Em 100 dias, o governo registrou avanços para alavancar o desenvolvimento do Estado, não só com obras de infraestrutura, mas também destravando as paradas, lançando novos programas e ampliando os já existentes. Tarcísio também intensificou as iniciativas para atrair investidores para o portfólio de projetos de mais de R$ 180 bilhões.
    Foram entregues mais de 3 mil moradias, servidas 9,3 milhões de refeições nos restaurantes Bom Prato, foi dado andamento às filas de oncologia, cujos pacientes aguardavam por procedimentos do tipo por até oito meses em todas as regiões do Estado.
   Entre os desafios dos primeiros meses, estiveram o maior desastre já registrado pelas chuvas no litoral norte de São Paulo, tragédia que resultou em 65 mortes, incluindo 18 crianças; além da greve do Metrô, e até uma cirurgia de emergência, durante missão internacional em Londres (Inglaterra).
   Em relação ao ABC, no âmbito federal, ainda em processo de diálogo, o presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC e prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), afirmou, em reunião com os prefeitos que a região aguarda liberação de R$ 2 bilhões de recursos do governo federal que estão parados. Já em relação ao governo estadual, os prefeitos do ABC têm afirmado, em seus discursos, que os recursos estão em andamento, os programas e convênios estão tendo continuidade. Em relação a visitas, nem o presidente Lula, nem o governador Tarcísio ainda cumpriram agendas pelo ABC.

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