29 Apr 2024

Publicado em Editorial
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     Em 20 anos, o Brasil dobrou a proporção de mulheres à frente das prefeituras, ou seja, de 332 para 674 (6% para 12,1%). Porém, em 2021, elas chegaram ao comando de apenas 12,1% dos governos municipais. Os dados são das Pesquisas de Informações Básicas Municipais (Munic) e Estaduais (Estadic), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
     No último ano havia 674 mulheres prefeitas ante 4.894 do sexo masculino e que homens estão no comando de 87,9% das prefeituras do total de 5.568 municípios pesquisados. A região Nordeste manteve o maior número percentual de prefeitas e as regiões Sul e Sudeste, as menores fatias. Os Estados com mais mulheres no comando de Prefeituras foram: Roraima (26,7%); Rio Grande do Norte (22,8%), Maranhão (22,1%), Alagoas (21,6%) e Pará (20,1%).
     No ABC a situação não é a mesma. Atualmente, não há nenhuma mulher no comando das Prefeituras dos sete municípios da região. O número de vice-prefeitas também é quase nulo. Há apenas em Diadema, uma vice-prefeita, Patrícia Ferreira (PT), atual vice de José de Filippi Júnior (PT).
     Além disso, desde a fundação dos municípios, Santo André, São Caetano, Diadema e Mauá nunca tiveram uma mulher prefeita. Apenas Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e São Bernardo já tiveram mulheres no comando das prefeituras municipais. Em Ribeirão Pires, Maria Inês Soares Freire (PT) foi prefeita por dois mandatos de 1997 a 2000 e de 2001 a 2004. Em Rio Grande da Serra, Irinéia José Midolli foi prefeita, entre os anos de 1973 e 1977. Em São Bernardo, Tereza Delta foi prefeita, num curto período, de 11 de abril de 1947 a 31 de dezembro de 1947. 

   Em relação ao número de vices-prefeitas, Diadema é o município, historicamente, com mais vices mulheres, foram três. Denise Mori Santalucia foi vice de Ricardo Putz (Arena), no mandato de 1973 a 1977; Maria Regina Gonçalves (PV) foi vice de Gilson Luiz Correia de Menezes (PSB) de 1997 a 2000; Silvana Guarnieri (PTB) foi vice de Lauro Michels (PV), na gestão de 2013 a 2016. Agora, Patrícia Ferreira (PT) atual vice Filippi Jr. (PT), é a quarta vice.
    Em seguida, está Mauá, com também com duas. São elas: Leni Mariano Walendy (PSDB), que foi vice de Leonel Damo (PV), de 2005 a 2008; Alaide Doratioto Damo (PMDB) vice de Átila Jacomussi (PSB), de 2017 a 2020. Atualmente, na gestão do prefeito Marcelo de Oliveira (PT), há a vice Celma Maria de Oliveira Dias (PT), que se torna a terceira vice mulher da cidade. Após, aparece Santo André, com três vices-prefeitas: Ivete Garcia (PT), que vice de João Avamileno (PT), de 2002 até 2008; Dinah Zekcer (PTB), vice Aidan Ravin (PTB), de 2009 até 2012 e Oswana Fameli (PMB), vice Carlos Grana (PT), de 2013 até 2016. Já em São Caetano, há apenas uma vice-prefeita. Lúcia Dal’mas (PMDB) foi vice do ex-prefeito Paulo Pinheiro (PMDB), de 2013 a 2016.
    Dos sete municípios do ABC, apenas São Bernardo não teve, desde a fundação, nenhuma mulher vice-prefeita. Porém, esta situação, não só de São Bernardo, mas de Santo André, poderá se modificar. Carla Morando (PSDB) seguiu os passos do marido, prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), na Assembleia Legislativa. Morando foi deputado estadual por quatro mandatos e Carla, já está no seu segundo. A primeira-dama do município não confirma, mas não esconde a vontade de um dia, brevemente, ser a primeira prefeita de São Bernardo. Situação parecida em Santo André. A primeira-dama Ana Carolina Serra (Cidadania), desde o início do mandato do prefeito Paulo Serra, em 2017, desempenhou papel atuante no governo. Neste ano, disputou a primeira eleição e foi eleita deputada estadual. O mandato de Ana Carolina nem começou ainda e os comentários são de que ela será a primeira prefeita da cidade, num futuro próximo.
   O futuro ainda é incerto, mas já passou da hora das Prefeituras do ABC terem mulheres prefeitas.

Última modificação em Quarta, 21 Dezembro 2022 08:33
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