02 May 2024

Publicado em Editorial
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A Bandeira do Brasil é um símbolo nacional da República Federativa do Brasil, conforme estabelece a lei brasileira. Ela representa simbolicamente a soberania da nação no mundo, refletindo a sua origem, valor, história e outras características.
A bandeira é composta por uma base verde em forma de retângulo, sobreposta por um losango amarelo e um círculo azul, no meio do qual está atravessada uma faixa branca com o lema "Ordem e Progresso", em letras maiúsculas verdes. O Brasil adotou oficialmente a atual bandeira nacional em 19 de novembro de 1889, substituindo a bandeira do Império do Brasil.
A “nova” bandeira foi oficialmente apresentada no dia 19 de novembro de 1889, logo após a Proclamação da República. Os autores foram Raimundo Teixeira Mendes, Miguel Lemos, Manuel Pereira Reis e Décio Vilares.
Originalmente, as cores simbolizavam as casas reais da família de D. Pedro I, sendo o verde a cor símbolo da casa real dos Bragança e o amarelo da casa real dos Habsburgo. Entretanto, ao longo dos anos, os brasileiros associaram outros significados para cada uma das cores: branco (desejo pela paz); azul (símbolo do céu e os rios brasileiros); amarelo (riquezas do país) e verde (as matas e a floresta brasileira).
Por muitos anos, a bandeira do Brasil foi associada à Copa do Mundo, período em que os brasileiros vestiam a camisa da Seleção Brasileira, pintavam ruas e calçadas de verde amarelo e se reuniam para assistir as partidas do Brasil no mundial. Também foi associada ao piloto de Fórmula I, Ayrton Senna, morto em 1994, que celebrava suas vitórias, levantando a bandeira do Brasil. Ato o qual muitos atletas brasileiros se inspiraram e repetiram em grandes competições mundiais.
Porém, em 1989, talvez pela primeira vez, as cores da bandeira nacional foram incorporadas à política, por um candidato a presidente: Fernando Collor de Mello. A campanha de Collor utilizava os slogans: “Vamos construir um Brasil novo”, “Collor, um novo tempo vai começar”, “Caçador de marajás” e “Collor é progresso”. Em todas elas, na grafia, o “ll” de Collor era pintado com as cores verde e amarela e as demais letras em azul.
Atualmente, a bandeira do Brasil tem sido associada a uma específica ideologia político-partidária, a de direita. Com a polarização extrema que domina o país, que sugere uma divisão ideológica entre os brasileiros, entre esquerda e direita, a bandeira nacional foi “incorporada” por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), desde as eleições de 2018. Com isso, o “verde e amarelo” passou a ser difundido e utilizado pelos bolsonaristas. Os apoiadores do presidente também celebraram a Independência do Brasil, 7 de setembro, com atos em prol do governo. Utilizaram a bandeira do Brasil e se vestiram de verde e amarelo para demonstrar apoio ao presidente.
Ainda que seja legítimo o apoio e a manifestação, é preciso considerar que a Bandeira do Brasil não pode representar um político, seja ele qual for, nem um partido. A Bandeira do Brasil não pode ter um dono, muito menos promover ou incitar o ódio, a divisão entre os brasileiros. As datas oficiais celebrativas e a Bandeira do Brasil são símbolos nacionais e pertencem a todos os brasileiros, independente do posicionamento político partidário ou ideológico.

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