02 May 2024


O Bicentenário da Independência

Publicado em Editorial
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O Brasil está prestes a celebrar o Bicentenário da Proclamação da Independência, que aconteceu em 1822, tendo como o gesto oficial da fundação do Brasil, o grito da independência. O ato foi realizado por Pedro de Alcântara (D. Pedro I durante o Primeiro Reinado), às margens do Rio Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822. “É tempo! Independência ou Morte! Estamos separados de Portugal!", disse D.Pedro I. Então, com a independência do Brasil declarada, o país foi transformado em uma monarquia.
O processo de independência do Brasil ocorreu, de fato, durante a regência de Pedro de Alcântara. As Cortes portuguesas tomaram medidas, que foram consideradas impopulares, como a exigência de transferência das principais instituições criadas, durante o Período Joanino, para Portugal, o envio de mais tropas para o Rio de Janeiro e a exigência de retorno do príncipe regente para Portugal.
Em dezembro de 1821, chegou de Portugal uma ordem exigindo o retorno de D. Pedro para o país. Então, surgiu o Clube da Resistência. Em janeiro de 1822, um documento com mais de 8 mil assinaturas, que exigia a permanência do príncipe regente no Brasil, foi entregue a D. Pedro.
Motivado por isso, supostamente, D.Pedro disse: “Como é para bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto; diga ao povo que fico”. Esse acontecimento marcou o Dia do Fico. Então, a sucessão de acontecimentos nos meses seguintes foi a responsável por incitar no Brasil a ruptura com Portugal.
Faltam cerca de 10 dias para o país chegar à marca dos 200 anos da Independência. O atual cenário nacional não é nada animador. O Brasil possui mais de 10,1 milhões de desempregados, 20 milhões de brasileiros perderam renda e vivem na extrema pobreza e, o tão aguardado crescimento econômico rumo ao pós-pandemia ainda patina. Em outubro próximo, haverá eleições e os presidenciáveis ainda estão mais preocupados em se atacar ou defender do que, de fato, discutirem alternativas para tirar o país do caminho tenebroso, que especialistas prospectam para o Brasil, caso não seja feito algo rápido.
Apesar das dificuldades, não se pode negar, há motivos para os brasileiros se orgulharem do país. Muito foi feito, desde o dia 7 de setembro de 1822, principalmente, pelo trabalho e suor de milhões de brasileiros, de várias gerações, ao longo destas 20 décadas.
Entre os destaques, estão: a instalação dos cursos superiores no Brasil, com a fundação da primeira faculdade no país, a do Largo de São Francisco, que iniciou suas atividades acadêmicas, em 1828; a Abolição da Escravatura, em 1888; a Proclamação da República (1889), o reconhecimento de direitos políticos para todos os brasileiros e direito ao voto pelas mulheres (1932) e ainda a instauração do Estado Democrático de Direito, com a Constituição de 1988. Mais recentemente, não se pode esquecer dos avanços em prol de direitos e respeito das minorias como negros, da diversidade sexual e das mulheres. Ainda há muito a ser feito, mas notórios avanços já foram iniciados.
Além disso, o Brasil alcançou o feito de ser um dos maiores produtores mundiais de alimentos. Outro destaque é o Sistema Único de Saúde (SUS), que mesmo com todas as limitações e defeitos, conseguiu, de maneira honrosa, aplicar mais de 469 milhões de vacinas contra a Covid-19 nos brasileiros.
É preciso renovar a esperança, mesmo em meio a tantos absurdos e dificuldades, que compõem a realidade do país. O trabalho e o suor de milhões de brasileiros que acreditam e lutam, diariamente, por um Brasil melhor, deve ser valorizado e é o principal motivo para se comemorar.

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