04 May 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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   Nesse tempo tive que fazer uma cirurgia que estava sendo adiada e me causando sofrimento. Hemorroidas! Já estava em contato com um médico do Hospital Sírio Libanês, que fazia parte de meu convênio, quando li uma entrevista de um médico que a fazia a laser. Achei que valia pagar por um procedimento de recuperação mais rápida. Na cirurgia, ele, recém chegado dos Estados Unidos, e sua assistente, ficamos trocando receitas culinárias durante duas horas. Pensei... por que não enfrentei o problema antes? Pois, depois disso, o mal acabou.
   A AVCC (Associação de Voluntárias de Controle do Câncer), começou a ser atuante na rede de hospitais da Fundação do ABC, e nos candidatamos a ser voluntárias. Assim encerramos nosso grupo do Meu Shangrillah, mas esse trabalho continuou na rede. Atuei como orientadora no setor de oncologia no Hospital de Ensino Anchieta por 11 anos. Devido a “fogueira de vaidades” dentro do grupo, pedi meu afastamento. Sei que lá fiz um grande trabalho. Nesses anos todos eu atendi gratuitamente pessoas que me pediam para fazer as aplicações com a pirâmide. Tenho anotado, durante o primeiro ano, mais de 200 pessoas. A partir daí nunca mais anotei. Os momentos vividos com essas pessoas continuam me trazendo muitas lembranças. Mais ou menos em 2006, pensei em fazer fotos com as mulheres com câncer. Fiz um curso na Fuji. A fotógrafa Neusa Scalea, convidada por mim, entrou em contato com a Fuji para o patrocínio. O cabelereiro Roberto Rodriguez e sua equipe de maquilagem iriam preparar as mulheres que já tinham assinado o compromisso autorizando a divulgação e iriam dar seu depoimento. Diretores de hospitais para quem eu falei sobre o projeto iriam me ajudar em exposições itinerantes.
   Meu marido teve uma isquemia cerebral e esse foi meu sonho que ficou na gaveta. Quando comecei a escrever os livros de culinária, uma pessoa falou que eu nunca iria vê-los publicados porque isso era muito difícil. Então o Theo falou “Se você acredita, vai em frente! ”. Sempre me apoiou em tudo o que fiz. Em todas as internações, sempre foi ele quem passava as noites ao meu lado.
Em 2009, meu Theo estava já cansado de viver devidos às sequelas da isquemia, perda de neurônios evolutiva. Agradeci a Deus por ele poder seguir seu caminho.
   Tudo bem, a vida vai seguindo.... Eu sempre com muita energia, continuei a criar meu neto muito amado Daniel, que, como hoje ele me diz, me deu um pouco de trabalho. Ele fez o curso de Técnico em Meio Ambiente, pelo estado e hoje faz Faculdade de Biologia e trabalha no Jardim Botânico de Santos.
Fiz algumas viagens, conhecendo novos amigos que até hoje mantêm contato comigo.
   Junto aos meus vizinhos Bete e Edison, todos os anos fazíamos viagens de navio pelo litoral do país, de norte a sul, sempre com amigas queridas, companheiras de quarto. Tenho boas lembranças desses tempos. Me apresentei na noite dos hóspedes num combinado com meu parceiro Edison, num bem bolado programa de adivinhações, ele na plateia e eu no palco. Foi um sucesso.
   Ninguém descobriu como fazíamos. No ano seguinte, fomos convidados a repetir. O responsável pela programação, junto ao pianista, me apresentou como cantora. Até o meio da música, “Ninguém Me Ama”, tudo bem... então eu fazia uma pausa e começava a me comunicar com o vulgo... meu parceiro. (Continua)

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