04 May 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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   Ele errou tudo e eu fui trucidada. Ele, dentista, com um dente infeccionado, tinha aliviado a dor com a vodka... e... kkkkk. Em outra viagem, em Porto Belo peguei uns búzios, e já sabendo da vida dos que se sentavam na mesma mesa, novos amigos, joguei as conchas e contei umas histórias sobre eles. Até vizinhos de ou-tras mesas me pediram para jogar os búzios, mas para mim, o serviço já tinha acabado...rsrss.
   Mas sempre tem um mas...
   Em 2015, comecei a sentir que tinha algum problema. Um novo?
   A médica oncologista que me acompanhava, Dra. Amanda Faulhaber, pediu uma avaliação por outro médico, de preferência Dr. Drauzio que por 12 anos tinha me acompanhado. Infelizmente, apesar da boa recepção, não houve resposta. Fui encaminhada então para um hepatologista, Dr. Marcelo Rezende, do Einstein, que foi meu anjo. Indicou outro hepatologista, seu colega, que atuava em meu seguro de saúde. Após exaustivos exames, fui operada tirando 70% do fígado. Os prognósticos eram ruins. Novamente 6 meses de vida, ou... um dia após o outro. Uma semana após a cirurgia, anemia e queda de potássio. Mais uma semana internada. Aí, água em um dos pulmões. Cirurgia? O amigo Beto Guidetti, pulmonologista disse “Não!”.. e sarei.
   Passei meses, nunca na cama, mas sentada em uma poltrona em frente à TV. Demorei a poder voltar a ler. Os olhos enfraqueceram. Família e amigos sempre presentes. Presentes de Deus! O médico até pediu que agendassem as visitas.
   Depois, novamente uma colestase (bílis no sangue), uma coceira no corpo desesperadora. Até chegarem a uma conclusão: colocar um dreno que entrava pela barriga e passava pela vesícula levando a bílis até o intestino. Foram seis meses de sofrimento. Quando foi retirado, foi um alívio! Nesse interim, como os marcadores tumorais normalizaram, fiz meses de quimioterapia, que me deixaram com a dormência nos pés e mãos. Neuropatia. Mas felicidade... Voltei a dirigir. Nesse meio tempo conheci os taxistas e Ubers da cidade. Não deixei de ir assistir aos filmes que passavam nos bons cinemas da cidade.
   Mas, novamente um mas...
   Depois de deitada, se tivesse que levantar, sempre andava no escuro. Foi assim que acabei caindo no closet. Me arrastei até o telefone e liguei para uma irmã. Passava da meia noite. Me arrastei até a porta da sala, como se nadasse no chão e destranquei a porta. Adivinhem! Samu me levando para o hospital... Quebrei o fêmur. Mais uma longa caminhada. E então a hérnia no abdômen devido à grande cicatriz da cirurgia do fígado e aos músculos que não se conectaram.
   Falei para uma vizinha 4 anos mais velha do que eu, que nossas dores tinham um motivo. Nunca tínhamos tido essa idade... era uma novidade para nós...
   Mas falando em idade, no dia 21 de dezembro de 2019, comemorei meus 80 anos, com minha família toda e meus amigos queridos. Todos os que aqui estiveram são muito queridos, e por isso comemoraram comigo com feijoada e roda de samba. Até eu que andava meio com medo de dançar, sambei! Foi maravilhoso! Meus filhos: Roberto, Ricardo, Renato e Sandra e meus netos: Henrique, engenheiro de mineração em Toronto; Guilherme, biotecnologista; Daniel, Técnico em Meio Ambiente e cursando Biologia; Juliana, cursando administração em Floripa e me deixando muito feliz por ter aprendido a tricotar e Heloíza, estudante em Cascavel, jogadora de vôlei, pela seleção da cidade. Família... Amigos... Vida...
   Quando perguntei para uma pessoa espiritualista como eu “Será que passei tudo isso para a minha vida estar completa?” Ela respondeu que eu tinha uma missão que ainda não estava concluída. Agradeço todos os dias os meus Anjos da Guarda e meus protetores espirituais que me guardam desde o dia em que nasci...
   Qual ainda será o futuro? (Continua)

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