04 May 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Segui a indicação da Edith Esler, chefe de cozinha da Revista Claudia, que me indicou um contato do Círculo do Livro, o Fernando de Oliveira. Após a entrevista, em uma sema-na a editora comprou os direitos autorais e durante muito tempo o Livro dos Patês esteve entre os mais vendidos. Quando o Círculo encerrou suas atividades a Melhoramentos me procurou para reeditar.
Com o interesse também da Nobel, escrevi para essa o “Cozinhando entre amigos...” Receitas, histórias, pensamentos... Depois a Melhoramentos pediu-me outros: “Receitas de Sanduíches” e “Receitas de Frango e outras aves”.
Os lançamentos e tardes de autógrafos foram em lojas de amigos em São Bernardo, com a decoração feita graciosamente pelo grande amigo Yo e Ivete Kidoe, em São Paulo, em restaurantes da Rua Oscar Freire. Me apresentava e, conversando com os proprietários, eles me ofereciam o local oferecendo os comes e bebes. Sempre achei portas abertas. Os convites eram enviados pelas editoras, eu fornecendo a lista de convidados. Mesmo quem já tinha os livros retornava ao encontro, pois o momento se tornava “uma tarde entre amigos”. Aqui na cidade, enquanto eu oferecia as bases e os patês, o local onde a tarde de autógrafos era realizada, oferecia os líquidos.
Fundamos na Clínica Luís Góes, um grupo de nome “Meu Shangrillah” (nome dado por um amigo carioca que disse que foi ali que encontrou a felicidade) onde recebíamos pessoas com câncer. Nosso objetivo conversar com essas pessoas para ajudá-los a enfrentar a doença. Como tínhamos muitos pacientes do ABC, depois de anos transferimos o nosso encontro para um local em São Bernardo, numa sala gentilmente cedida pela AVV. Assim foram quase 8 anos.
Durante toda a caminhada, meus filhos tiveram além das doenças que faziam parte da infância... desidratação, meningite, braços quebrados, tijolada em nariz, pálpebra presa em arame de galinheiro, pontos em alguns cortes e tudo o que acontecia com crianças que brincavam livremente, sem ainda o uso de celulares. Nas internações, eu e o Theo, o tempo todo com eles (na meningite foi isolamento).
O Theo sempre deixou que eu administrasse os bens. Eu não era consumista, costurava, fazia crochê, tricô e cozinhava muito, pois alimentar 4 homens em casa não era fácil! Fazia muitos almoços para a família e reuniões com os amigos. Nunca deixei de comemorar um aniversário de todos sem uma festa.
O tempo passou, os filhos se casaram e os netos já eram cinco, Henrique, Guilherme, Daniel, Juliana e Heloiza. As férias dos três que moravam mais longe, Henrique, Daniel e Heloiza, sempre foram comigo e o avô. A nora Sandra, mãe da Juliana e Guilherme, sempre foi a filha que não tive. O neto Daniel, ainda menino, passou a morar comigo e assim o criei.
Minha mãe faleceu em 1995. Só conheceu o bisneto Henrique. Ela escrevia artigos para a Folha do ABC. Escrevi a despedida dela e então fui convidada para ocupar o seu espaço. Demorei um pouco a decidir, mas no ano seguinte comecei a escrever crônicas, estando até o momento na ativa. Escrevi “A Herança Que Meu Pai Nos Deixou”, e seus ”causos”, em torno de 40 histórias contadas por ele e seus amigos.                  (Continua)

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