01 May 2024

Publicado em TITO COSTA
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Ele é Bolsonaro que estreou na ONU, em Assembleia Geral, discursando para o mundo na abertura dos trabalhos, no dia 24 de setembro, o plenário lotado, atento à sua fala.  Sua postura ao discursar demonstrava insegurança, lendo o texto no "prompter", quase gaguejando. Pudera: um principiante representando o Brasil, sendo ouvido no mundo inteiro  que aguardava seu recado, marcado pela intolerância, a ideia fixa em temas que têm repetido tanto aqui, como por lá. Sua preocupação máxima, o socialismo, ao dizer que "o Brasil ressurge depois de estar à beira dele, o socialismo", com estas palavras: "Meu país esteve muito próximo do socialismo, o que nos colocou numa situação de corrupção generalizada,  grave recessão econômica, altas taxas de criminalidade e de ataques ininterruptos aos valores familiares e religiosos que formam nossas tradições". Aliás, ele já tem dito isso, uma ideia fixa que tem pontuado seus pronunciamentos e sua atuação de "caça às bruxas", reiterada agora em termos de abrangência máxima. Em verdade, penso eu, o socialismo para ele, abrangeria as verdadeiras quadrilhas de corruptos que assaltaram os cofres públicos nos últimos tempos, a maioria deles ou os mais expressivos sendo julgados e presos, curtindo penas elevadas, como todos sabemos.
Preocupado com a política externa do Brasil ele fez uma espécie de "macaco em casa de louça" atirando por todos os lados, numa linha completa de desacordo com a política brasileira baseada na conciliação, no entendimento para enfrentar problemas de igual importância que hoje afligem a maioria dos povos.
Ao falar da Amazônia, esse nosso grande problema face à ambição do mundo sobre ela, disse que ela não está sendo consumida pelo fogo, como apregoam, mas por interesses de nações e de grupos poderosos de olho em suas riquezas o que é sempre um perigo para a salvaguarda desse verdadeiro patrimônio da humanidade, uma floresta como poucas há no mundo, por isso mesmo alvo de cobiça,  para o qual o Brasil não tem dado a atenção devida.
Enfim, Bolsonaro  falou o que quis. Foi feliz no aspecto de defesa dessa nossa riqueza, mas claudicou quando bateu na tecla de sempre: o combate ao socialismo. Isso provocou, entre outras, a  manifestação sensata do Ministro Rubens Barbosa, que foi nosso embaixador em Londres e conhece política externa, dizendo que Bolsonaro não focou adequadamente as críticas ao meio ambiente, ampliando os pontos de atrito do Brasil no exterior.
Teria sido melhor nosso presidente ficar calado, em vez de colocar o Brasil em posição  quase ridícula perante o mundo civilizado.

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