05 May 2024


55% das mulheres brasileiras apontam não existir igualdade de gênero no país

Publicado em Social (Gente & Fatos)
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Das timelines às mesas de bar, passando pelos seriados e as pesquisas acadêmicas: a igualdade de gênero nunca esteve tão em pauta como na atualidade e o Dia Internacional da Mulher vem fomentar ainda mais o debate. A efeméride, de fato, traz à reflexão questões urgentes, que repercutem nos mais variados aspectos da vida social, atravessando desde a esfera pública, o mercado de trabalho, até o ambiente doméstico.

Quando se fala em representatividade política, por exemplo, é verdade que, em 2022, as candidaturas femininas bateram recorde, com 33,3% dos registros nas esferas federal, estadual e distrital. Apesar disso, elas ocuparam apenas 17,3% das cadeiras no Senado.

No âmbito profissional, igualmente, há ainda poucas mulheres em posições de chefia e os prejuízos vão muito além disso. Uma pesquisa divulgada pela Catho, em 2019, apontou o quanto elas estão em desvantagem no mercado de trabalho devido à gravidez, visto que o número de mulheres que abandonam o emprego por conta dos filhos chega a 30%, enquanto somente 7% dos homens deixam seu trabalho pelo mesmo motivo. Noutra vertente, um relatório divulgado pela Oxfam Internacional mostrou que as mulheres são responsáveis por 75% de todo o trabalho de cuidado não remunerado no mundo.

Relacionado ao tema, no último estudo da Famivita, 55% das mulheres entrevistadas apontaram que não existe igualdade de gênero no Brasil. Especialmente na faixa etária entre 45 e 49 anos, 67% das integrantes explicaram não haver paridade entre homens e mulheres. Já dos 40 aos 44 anos, 65% ressaltaram essa discrepância.

Os dados coletados por estado mostraram que Roraima é a região em que mais mulheres destacaram a desigualdade, com 63%, seguida pela Paraíba, com 58% e Piauí, com 56%. Em São Paulo, no Distrito Federal e no Rio de Janeiro, tal número foi de 43%, 52% e 36%, respectivamente. Já em Pernambuco, 52% delas enfatizaram a existência da disparidade de gênero.

Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher surgiu como uma data comemorativa, estando ligada a uma sucessão de acontecimentos. Foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU), na década de 1970, vindo simbolizar, então, a luta histórica para que as mulheres disponham de condições equiparadas às dos homens, bem como realçando as conquistas do movimento feminista ao longo do século XX.

Embora a efeméride tenha ganhado, com o passar do tempo, conotações voltadas às homenagens, no sentido de cumprimentar as mulheres, ou dar flores para elas, o Dia representa muito mais um convite à reflexão, no sentido de valorizar os avanços obtidos e avaliar os desafios, seja no campo familiar, social ou profissional. E, ainda sobre o tema, 87% das entrevistadas no estudo da Famivita endossaram a importância do Dia Internacional da Mulher.

Entre as mulheres dos 45 aos 49 anos, 93% disseram que a data é relevante. Já dos 18 aos 24 anos, 90% responderam afirmativamente a respeito disso. Por estado, Roraima e Rio Grande do Norte foram as regiões em que mais brasileiras apontaram como essencial o Dia Internacional da Mulher.

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