04 May 2024


São Caetano lança 'Tele Dengue' para monitorar casos da doença

Publicado em Saúde
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O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, e a secretária de Saúde, Regina Maura Zetone, lançaram, nesta quinta (29) de fevereiro, o “Tele Dengue”. Trata-se de um serviço de telemedicina para monitoramento dos casos de dengue.

Os moradores da cidade, com suspeita de dengue, poderão entrar em contato, via WhatsApp, por meio do número 4233-8136, e preencher um questionário, que será analisado por uma equipe de saúde e que irá fornecer orientações ao paciente sobre como proceder e se é necessário se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Também há um menu com orientações e canal de denúncias.

“O primeiro passo é o preenchimento de um questionário, que cai numa plataforma monitorada por uma equipe técnica, formada por quatro enfermeiras, que vão entrar em contato com este paciente para avaliá-lo de forma mais precisa, por teleatendimento. Assim,  será definido se o paciente necessita agendar o teste rápido em uma UBS ou se é um paciente com sinal de alerta, que deve ser encaminhado para o atendimento de emergência.Teremos vários desfechos deste atendimento”, explica diretora da Atenção Básica, Gabriela Tonon de Oliveira Xavier.

“Queremos fazer com que essa ferramenta digital, trazida da experiência de outro episódio drástico que foi a Covid-19, no sentido que a gente amplie o acesso à população, facilite a chegada da população, eventualmente atingida pelo surto da dengue, aos profissionais de saúde de uma forma racional, célere, lógica e naturalmente que tenha eficiência na resposta que o morador ou moradora precisam ter frente às variáveis que a dengue pode apresentar”, pontua Auricchio.

Segundo Regina, a plataforma pretende não só facilitar o acesso das pessoas a uma informação de qualidade, mas também fornecer dados mais precisos sobre os casos de dengue na cidade. “Vamos ter todas as estatísticas para estudar melhor o que está acontecendo, hoje, porque o ano que vem vai ter mais, com as mudanças climáticas. Este surto de dengue não vai durar dois meses, deverá ficar até maio, talvez até junho. Não era época para começar casos de dengue em janeiro, era a partir de março, abril”, revela.

A secretária ainda conta que em São Caetano houve o aumento em cinco vezes no número de casos de dengue, em relação ao ano passado e que no município. “Não tivemos nenhum óbito e internação duas e as internações que temos são de hospitais privados. Gravidade, não vimos extrema, casos que ficaram mais graves, mas que foram atendidos e conseguiram sair bem da internação”.

Também revela que a cidade não vai realizar nada específico no Dia D, sábado (2) de março, de combate à dengue, organizado pelo governo federal. “Em São Caetano, todo dia é Dia D. Já estamos fazendo essas ações há mais de quinze dias, com as equipes nas ruas”, frisa.

À Folha, Regina destacou a agilidade no atendimento. “O profissional liga para delinear todos os sintomas para saber se é aquilo mesmo, porque tem muitas pessoas que acabam colocando sinais que não existem para poder fazer o teste. É necessário fazer essa triagem. Se é dengue, ele será encaminhado para a UBSs. O tempo que isso irá ocorrer depende da hora que a pessoa inserir os dados na plataforma. Se ela inserir até às 17h, ela vai ser vista no mesmo dia, praticamente na mesma hora. Se ela inserir depois desse horário, ela vai ser vista nesta plataforma, na primeira hora útil, 7h, 8h, do dia seguinte”, explica.

Já Auricchio destaca o efeito pedagógico dos drones. “Está tendo um efeito pedagógico o drone. Se o morador sabe que ele está sobrevoando o bairro, ele toma as suas precauções, acaba vendo a laje com água, coloca tampa na caixa d’água”, afirma. “Não existe sanção, mas as pessoas saem correndo para ver se a caixa de água está tudo bem", completa Regina.

Em São Caetano, até o momento, 9 casas foram notificadas com possíveis focos de dengue.

ESTRUTURA DE COMBATE

De acordo com a diretora da Atenção Básica, a Prefeitura montou, em todas as Unidades de Saúde (UBSs), uma sala com uma equipe de Cuidado Avançado, coordenada por um enfermeiro, junto com a sua equipe, que avalia o paciente que chega nas UBSs com os sinais e sintomas de dengue.

“O paciente chega, é avaliado por essa equipe e, confirmado esses sinais e sintomas, fazemos avaliação clínica e um teste rápido de dengue. Este teste determina, então, se o paciente é positivo ou negativo. Se percebermos algum sinal de alerta deste paciente, chamamos o médico que está à disposição em todas as UBSs”, diz. “O médico avalia o paciente e ele determina se é necessário realizar um exame complementar para definir uma conduta ou encaminhar esse paciente para o serviço de emergência”, completa.

Além disso, a diretora conta que é realizado o controle de vetores, de forma terrestre. “Contamos com parcerias com a Guarda e Defesa Civil, com a Vigilância Sanitária. Então, colocamos os drones sobrevoando e as equipes de agentes comunitários de Saúde da Vigilância e da Defesa Civil nos auxiliam em busca dos focos de dengue na ação de bloqueio de orientação para a população”, diz. 

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