A menopausa é uma fase da vida que toda mulher irá passar um dia. Porém, há meios de enfrentar esse novo ciclo da vida de forma mais leve. É o que explica Letícia de Lima, bióloga, terapeuta e fundadora do movimento Sai do Casulo, Mulher. Letícia afirma que o declínio hormonal feminino começa a partir dos 35 anos, e alerta para a importância dos exames periódicos e reposição hormonal.

  Segundo a especialista, a menopausa é o momento onde a mulher fica 12 meses consecutivos sem menstruação. Quando isso ocorre ela, entrou em menopausa, que é a falência dos ovários e a parada permanente na produção dos hormônios, estradiol, progesterona e a diminuição da produção de testosterona.

   “A idade média para mulher entrar na menopausa é 48 anos, pode ser um pouco depois ou um pouquinho antes. Antes dos 46 já pode-se dizer que é menopausa precoce e esse fenômeno já afeta 1 em cada 100 mulheres. Os sintomas começam a surgir na pré-menopausa em torno de 10 anos antes. Mas, geralmente a mulher associa esses sintomas ao ritmo de trabalho e ao dia-a-dia. E o mais grave é que a maioria dos médicos também”, afirma Letícia.

   Os sintomas mais comuns da menopausa são: sono mais leve ou insônia, ondas de calor, cansaço, perda de desejo sexual, secura vaginal, lapsos de memórias, queda dos cabelos, pele seca, variação de humor, ansiedade, depressão, enxaquecas, ganho de gordura abdominal, dores articulares, entre outros. “É importante ressaltar que nem todas as mulheres terão todos os sintomas e também que 80% das mulheres tem ondas de calor. Digo isso, pois a sociedade associa somente as ondas de calor à menopausa, mas é muito mais do que isso”, relata a terapeuta.

   A especialista afirma que, aos 40, o declínio hormonal ganha velocidade, mas, se a mulher já estiver em Terapia de Reposição Hormonal, cuidando da alimentação e praticando atividades físicas, passará por essa fase de forma mais tranquila, reduzindo o risco de surgirem outras doenças associadas. “Somente o fato de a mulher entrar em menopausa, o risco cardiovascular aumenta em 56%, ou seja, por falta do hormônio estradiol ela perde a elasticidade dos vasos sanguíneos, tem o enfraquecimento do coração, maior chance de desenvolver hipertensão, trombose, AVC e infarto”, diz.

   Letícia reforça a importância da reposição hormonal e dos exames periódicos. “Os exames periódicos são fundamentais por conta de todos os sintomas e doenças citadas, pois a saúde da mulher fica muito fragilizada. Caso opte pela terapia de reposição hormonal, é necessário que seja feito com segurança. Os exames irão dar condição dessa mulher ter qualidade de vida em seu processo de envelhecimento”, conta.

   Além disso, dizer que a mulher não precisa de reposição hormonal, em grande parte dos casos, é mito. “O maior problema é que temos algumas crenças populares de que o sintoma da menopausa se resume as ondas de calor; que repor hormônio causa câncer; que envelhecer é sofrido mesmo. E assim fazemos desse fenômeno natural que é a menopausa, um processo de muito sofrimento. Acredito que é impossível envelhecer de forma saudável, com disposição e bem-estar se estiver faltando hormônios”, revela.

   A pré-menopausa da terapeuta Letícia de Lima começou antes dos 30 anos, entrando na menopausa aos 33. “Um caso raro, mas que me trouxe muita experiência prática e motivação para pesquisar informações para viver com saúde. Passei muitos anos cheia de sintomas e me sentindo perdida em relação a menopausa. Mas, hoje, com 41 anos, posso afirmar que é possível passar por essa fase com leveza, saúde e bem-estar”. Saiba mais sobre o trabalho da Letícia no Instagram: @saidocasulomulher.