O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), em entrevista exclusiva, destacou a intensidade do governo em relação à entrega de obras neste segundo ano do segundo mandato. “Temos R$ 1 bilhão em investimentos públicos na cidade. Entregamos 24 obras em 12 meses neste ano, fora programas, parcerias, eventos. Tivemos uma obra entregue a cada quinze dias. Começamos o ano com o Cassaquera, que é uma grande obra de mobilidade urbana e praticamente finalizamos o ano com outra grande obra, que foi Parque Guaraciaba. Mas, no meio, tivemos o Bom Prato da Vila Luzita, Pet Parques, Unidades de Saúde, no Alzira Franco e no Cruzado. Tivemos um ano muito produtivo. Fazia muito tempo que Santo André não recebia grandes obras”, conta.

Na área da Saúde, Serra revelou que a prioridade foram os desdobramentos da pós-pandemia. “Retomamos os mutirões, retomamos o Saúde Fila Zero, no qual 70% das especialidades, as filas já estão zeradas, e o QualiSaúde. Hoje, temos duas unidades sendo modernizadas, a São Jorge Capuava. Nossa avaliação é que a Covid-19 não terá mais a força e a influência que teve. Não acredito que seja mais uma ameaça, até pelo nosso índice de vacinação, de imunização e os números mostram que muito em breve vamos deixar de ter uma pandemia e teremos uma endemia”, afirma.

Na Economia, o prefeito realça os novos postos de trabalho criados no município. “Saímos com um saldo positivo de mais de 10 mil empregos gerados na cidade, tivemos um aumento de 400% na construção civil, um aumento nos serviços do comércio, sendo acima do índice nacional, que coloca Santo André, neste trabalho que fazemos de incentivo tributário para quem gera emprego, de facilitar a vida do empreendedor. O ambiente de empreendedorismo é favorável e ganhamos dois prêmios de Prefeito Empreendedor. Conseguimos resultados bastante satisfatórios”, diz.

Segundo Serra, a arrecadação municipal já foi recuperada, inclusive com índice acima da média nacional. “Santo André foi uma das cidades que mais cresceu na região Metropolitana, puxada pela construção civil e pelo setor de serviços”, enfatiza.

Em relação aos investimentos privados, o prefeito elencou os principais. “Temos 1,5 bilhão em investimentos privados, entre eles, um condomínio logístico importante da M.Bigucci, na Av.do Estado, trouxemos a Royce Connect, a Femsa Coca-Cola, tivemos investimentos do grupo Solvay e, além disso, um gigante de logística adquiriu, agora, a antiga área da Rhodia Têxtil, onde também serão construídos galpões”, relatou.

O prefeito ainda destacou a premiação que Santo André recebeu. “Ganhamos o Prêmio Prefeito Empreendedor, na área de Desburocratização. Então, hoje, é possível tirar uma licença, de funcionamento ou de atividade, em horas, graças ao sistema Acto. Santo André tem sido um exemplo também, não só de não atrapalhar a vida do empreendedor, mas também de estimular com a questão tributária e com a desburocratização”, garante.

Para 2023, que será o terceiro ano de governo do segundo mandato de Serra, o prefeito frisa que haverá a continuidade dos investimentos. “Temos obras em andamento muito importantes, a QualiSaúde, para continuar modernizando a Saúde. Temos dois hospitais em construção, o Veterinário e do Idoso, na Vila Luzita. Temos Unidades de Saúde sendo modernizadas, o nosso CHM, chamada carinhosamente de Santa Casa, sendo totalmente modernizada, o teatro Conchita de Moraes sendo construído, o Complexo Viário de Santa Terezinha, as obras de drenagem por toda a cidade, em especial na Vila América. Então, haverá a continuidade deste ritmo de trabalho, que é bastante satisfatório”, enfatiza. Além disso, o prefeito ressalta o foco na saúde, na geração de empregos, no combate à fome, à miséria com todos os programas solidários da cidade.

O prefeito ainda revelou que fará modificações no secretariado no primeiro mês do ano. “Vamos fazer alguns ajustes a partir de janeiro, para melhorar, ainda mais a equipe, para termos uma dinâmica, dar um gás novo. Estou muito animado para os próximos dois anos, falam que é os últimos dois, mas, para mim é como se estivesse começando agora, porque tem muita coisa boa para acontecer e queremos que a nossa equipe esteja sintonizada com esse ritmo de trabalho. As modificações são pontuais, três ou quatro, não haverá nenhuma revolução, até porque temos avaliação e o próprio reconhecimento do trabalho. Então, não faz sentido, em um governo que está funcionando, querermos mudar tudo. Mas, uns ajustes para manter esse gás é necessário”, explica.

POLÍTICA

O tucano também fez considerações sobre suas expectativas para o Governo de São Paulo, que será comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos). “A expectativa é positiva, independentemente de questões político-partidárias e ideológicas. Isso ficou para trás, na disputa eleitoral. Acho que, agora, é torcer para que ambos os governos deem certo. Torço pelo Brasil, torço pelo Estado de São Paulo, claro que os desafios em São Paulo são menores sob o aspecto da organização, a questão financeira de São Paulo é muito equalizada e São Paulo é um Estado muito estruturado, mas já temos o compromisso do governador Tarcísio de dar continuidade aos investimentos aqui na cidade. Temos a avenida dos Estados, o piscinão e outros investimentos que estão sendo assinados”, conta.

Serra ainda falou sobre o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Em relação ao governo federal, espero, também, a retomada de alguns programas, como o Minha Casa, Minha Vida, a questão habitacional que é importante e os programas sociais, que já foram garantidos pela votação da PEC de Transição. Então, isso é uma conquista importante e vamos acompanhar e defender o nome da cidade, levar bons projetos tanto para o governo federal, quanto para o governo do Estado”, diz.

O prefeito, que possui proximidade ao vice de Tarcísio, Felício Ramuth (PSD), desde o tempo que fora prefeito de São José dos Campos e pertencia ao PSDB, e com o ex-governador, ex-tucano e vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), afirma que a amizade não será uma vantagem nas tratativas por mais investimentos para Santo André. “Facilita o diálogo, mas não é uma vantagem em relação aos outros municípios. Facilita o contato, mas avalio que ambos vão prezar por bons projetos. As cidades que irão apresentar bons projetos serão contempladas. Critérios políticos não têm que pesar”, pondera.

Serra também fez críticas à gestão do Governo de São Paulo nos últimos quatro anos. “Lamentavelmente, se pegarmos os investimentos do Governo do Estado, nos últimos quatro anos, vimos que houve desequilíbrio, não houve critério para escolha das cidades, principalmente na gestão do Doria, mas tenho muita esperança que com o Tarcísio e o Lula, que esses investimentos sejam retomados de forma mais criteriosa e levando em conta a demanda da cidade, os projetos, a quantidade de população, o PIB per capita, critérios objetivos que devem ser balizadores de políticas públicas de qualidade”, frisa.