Fernando Alves, sócio-presidente da Pricewaterhouse Coopers Brasil, Cristiane Pedote, diretora-executiva do Barclays, Sonia Favoretto, diretora de sustentabilidade da BM&F BOVESPA e Sônia Hess, presidente da Dudalina, divergiram nas opiniões, uma vez que muitas executivas temem que as cotas podem aumentar o preconceito contra a profissional.Fernando Alves, da Pricewaterhouse Coopers Brasil, empresa que tem metade do seu efetivo profissional composto por mulheres, defendeu o uso de cotas. "Sou a favor da cota para que elas não paguem um preço mais alto que os homens para chegar ao topo das empresas". Para Sônia Hess, uma empresa com 73% da força de trabalho ocupada por mulheres, não acredita em cotas para mulheres alcançarem o alto topo das corporações. "Tenho muitas dúvidas se as mulheres realmente querem isso. Antes de lançar nossa linha feminina, eu tinha na cabeça que vendedores tinham que ser homem, para carregar mostruário, viajar para o interior, mas resolvi mudar e experimentar uma equipe só de mulher e foi um sucesso".
Cristiane Pedote apontou ainda que as mulheres querem ser levadas em consideração pelas empresas. "Tão importante quanto quebrar nosso teto de vidro interior e nos cobrar para avançar nisso, cabe também ao gestor ter esse olhar, facilitando ao funcionário quebrar estas barreiras", disse."Temos sim que pensar em ferramentas e ações afirmativas para romper modelos pré estabelecidos e as cotas pode ser uma delas, desde que seja bem implementado para não gerar aí um ponto maior de preconceito que é aquela questão de uma achar que a mulher está lá não pela competência, mas pela cota", encerrou Sonia Favoretto.