27 Apr 2024


Endividamento e inadimplência chegam a níveis recordes

Publicado em Negócios
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   O Brasil registra níveis recordes de endividamento das famílias e ina-dimplência. De acordo com pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), um em cada quatro brasileiros não consegue pagar todas as contas do mês. Com o orçamento apertado, 69% da população não conseguem guardar dinheiro e apenas 29% consegue poupar. Segundo a pesquisa, 19% dos en-trevistados deixam alguma conta para o mês seguinte, 3% recorrem a auxílios ou empréstimos para quitar os débitos, 2% entram no cheque especial para honrar compromissos e 1% paga o mínimo da fatura do cartão de crédito e deixa o saldo para depois. Participaram do estudo 2.008 pessoas em todas as unidades da federação, entre os dias 23 e 26 de julho.

Corte de gastos - Sem conseguir pagar todas as contas no final do mês, a maioria da população (64%) cortou gastos desde o início do ano e um em cada cinco brasileiros pegou algum empréstimo ou contraiu dívidas nos últimos doze meses. Dos entrevistados, 60% reduziu despesas com lazer, 45% deixou de se alimentar fora de casa, 34% atrasou contas de água ou luz, 19% deixou de pagar plano de saúde e 14% deixou de pagar ou atrasou o pagamento do aluguel ou prestação da casa. Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, o estudo mostra os efeitos da situação econômica do País nos hábitos da população. “O aumento de preços de produtos como gás de cozinha, alimentos e combustível impacta diretamente no orçamento das famílias e isso reflete na redução do consumo de uma forma mais ampla”, analisa Marcelo.

Inflação - Entre os itens cuja percepção de aumento de preço é mais sentida, o gás de cozinha lidera o ranking de produtos cujos preços mais subiram nos últimos seis meses. Dos entrevistados, 68% disse-ram que o valor do gás está maior contra 56% em abril. Em seguida, vem alimentos como arroz e feijão (64%), conta de luz (62%), carne vermelha (61%), frutas e legumes (59%) e combustíveis (57%). “Sem o consumo, a roda da economia brasileira vai travando. Sem consumo, você tem uma menor produção. Com uma produção menor, você tem uma menor geração de empregos e menor investimento. Então, o processo de recuperação econômica que poderia ser mais forte, com a economia e consumo mais forte, é mais lento, mais travado”, afirma o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Otimismo - Apesar da atual situação das famílias brasileiras, a expectativa da população é chegar ao fim do ano com um pouco mais de folga nas finanças. Do total de entrevistados, 56% acreditam que, até dezembro, estarão com uma situação econômica pessoal me-lhor ou muito melhor. “Apesar de todas as restrições e dificuldades trazidas pela pandemia e por conta da guerra na Ucrânia, percebemos ainda otimismo da população, que espera chegar ao fim do ano em uma situação melhor do ponto de vista financeiro, do que no momento”, revela o analista.

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