01 May 2024


Inadimplência cresce e atinge 62,73 milhões de brasileiros

Publicado em Negócios
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Levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (38,87%) estavam negativados em junho de 2022 – o equivalente a 62,73 milhões de pessoas. No último mês, o volume de consumidores com contas atrasadas cresceu 6,54% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Com base nos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em junho deste ano ficou acima da observada no mês anterior. Na passagem de maio para junho, o número de devedores cresceu 0,64%.

O presidente da CNDL, José César da Costa, destaca o impacto da inflação na renda da população.

“Os preços continuam subindo e os itens básicos têm ocupado mais espaço no orçamento das famílias, com isso, as outras contas acabam ficando para segundo plano”, aponta o presidente da CNDL, José César da Costa.

O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 91 dias a 1 ano (40,05%).

O número de devedores com participação mais expressiva no Brasil em junho está na faixa etária de 30 a 39 anos (24%), e segue bem distribuída entre os sexos: 50,82% de mulheres e 49,18% de homens.

Na análise por faixa etária, a maior concentração de inadimplentes está no intervalo de 30 a 39 anos. São 15,58 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores. Tal montante equivale a 45,54% do total desta deste grupo etário.

Quase quatro em cada dez consumidores (34,72%) tinham dívidas de até R$ 500, percentual que chega a 49,75% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

Em média, cada consumidor negativado devia R$ 3.583,21 na soma de todas as dívidas. Considerando todas essas dívidas, cada inadimplente devia, em média, para 1,91 empresas credoras. 

Em relação ao aumento do endividamento no Brasil, o indicador mostra que em junho de 2022 houve crescimento de 12,74% em relação ao mesmo período de 2021. O dado observado em junho deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de maio para junho, o número de dívidas apresentou alta de 1,65%.

Destaca-se a evolução das dívidas com o setor de Bancos, com crescimento de 24,31%, seguido de água e Luz (4,49%). Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Comunicação (-10,81%) e Comércio (-4,06%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

 

Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 59,22% do total de dívidas. Na sequência, aparece Comércio (13,48%), o setor de água e Luz (10,95%) e Comunicação (9,13%).

 

“O Banco Central tem atuado para diminuir a inflação, mas os efeitos ainda não foram sentidos no bolso da população que acumula dívidas dos últimos dois anos de crise. É importante que o consumidor tente negociar seus débitos, principalmente com os bancos que normalmente cobram taxas mais altas pelos atrasos”, aconselha o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

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