06 May 2024


Polo Petroquímico faz 50 anos com faturamento de R$ 9,5 bilhões

Publicado em Negócios
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  Criado em 1972, o Polo Petroquímico do ABC reúne cerca de 20 empresas nacionais e multinacionais nas áreas química, petroquímica e gás, com mais de 10 mil colaboradores. De suma importância para o fornecimento de insumos, matérias-primas e produtos estratégicos para todo o setor produtivo brasileiro, o Polo faturou R$ 9,5 bilhões em 2020. Na década de 50, quando montadoras de veículos escolheram o ABC para sediar suas fábricas, surgiram na região milhares de empresas voltadas ao fornecimento de peças e componentes. Neste contexto, o ABC foi o berço da indústria petroquímica brasileira, a partir de 1954, quando a Petrobrás ins-talou uma unidade de refino de petróleo em Capuava.

   Ao longo, desses 50 anos, o Polo passou por uma série de mudanças e, segundo o gerente-executivo do Comitê de Fomento Industrial do Polo do ABC (COFIP ABC), Francisco Ruiz, a principal delas foi a atualização tecnológica. “A instrumentação de controle das plantas passou de pneumática para eletrônica e depois digital, possibilitando melhores controles, garantindo segurança e produtividade como troca de equipamentos rotativos com menor consumo de energia, diminuindo drasticamente a emissão de SOx”, afirma Ruiz. A modernização do Polo veio, também, através da substituição do consumo de água por água de reuso, com a instalação da Aquapolo, responsável pelo tratamento do esgoto sanitário da região, que produz para o Polo o equivalente ao consumo de água de uma cidade com 300 mil habitantes.

   A região do ABC representa mais de 10% da indústria química agregada do Brasil e tem importante peso no faturamento de segmentos como produtos de limpeza e afins (49%), tintas e vernizes (56%), transformação de borrachas (34%), fibras sintéticas e artificiais (32%) e higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (24%). No entanto, de acordo com Francisco Ruiz, essa participação já foi maior. “As condições e o ambiente de negócios mudaram, com o fechamento de empresas ou mudança para outras regiões e a participação diminuiu. Esses movimentos exigem novas estratégias das secretarias de desenvolvimento econômico das cidades, privilegiando a formação de clusters de inovação e redes colaborativas, aumentando assim a produtividade das empresas já instaladas, de modo a evitar novas saídas. Esses clusters são importantes para fomentar novas empresas”, afirma o gerente-executivo do Cofip ABC.

   Balança Comercial -A balança comercial de produtos químicos atingiu o recorde de saldo negativo no período de junho de 2021 a maio de 2022, US$ 55 bilhões. Segundo Ruiz, o déficit da balança comercial do setor já vem aumentando há alguns anos e se agravou com a pandemia e a guerra na Ucrânia.

   “Para reverter esse quadro, o governo precisa garantir a segurança jurídica para que novos investimentos sejam realizados no Brasil, pois a indústria química é de capital intensivo. É fundamental ter políticas de longo prazo, especialmente no caso da energia e do gás natural, de modo a permitir maior competitividade, preço mais justo das matérias primas”, afirma o executivo.

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