A região do ABC apresentou alta de 60,4% no lançamento de imóveis no período de janeiro a dezembro de 2021, em comparação com o mesmo período de 2020. Foram 2.741 unidades comercializadas ano passado, ante a 1.709 unidades vendidas em 2020. Os dados foram apresentados pelo presidente da ACIGABC (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), Milton Bigucci Júnior, na quinta (4), em coletiva de imprensa. Apesar da alta em relação a 2020, o volume de 2.741 unidades vendidas é baixo quando comparado ao volume total de vendas em 2019, ano sem pandemia, quando foram vendidas 4.215 unidades no ABC. De acordo com a ACIGABC, nestes dois anos de pandemia, apesar dos impactos negativos sobre a economia, o mercado imobiliário conseguiu manter um ritmo de crescimento. “A taxa de juros básicos em níveis baixos, o “Fique em Casa”, aumentando ainda mais a procura por um imóvel durante a pandemia, e a grande demanda reprimida nos últimos anos trouxeram confiança para os empresários acreditarem no mercado e para os clientes, que se sentiram seguros para adquirir um imóvel”, analisa Bigucci.

 Perfil de Compra – Dentre a maioria dos imóveis que foram vendidos em 2021, os com preço entre R$ 240 mil a R$ 500 mil destacaram-se com 1.614 unidades vendidas. Em relação à área, os imóveis com metragrem entre 45m²e 65m² responderam pelas 1.152 unidades comercializadas, sendo 476 unidades de 45m².

Desafios – Sobre a alta dos preços nos materiais de construção, que tiveram um crescimento superior a 15% em 2021, Milton Bigucci afirma que o aumento já foi absorvido pelo mercado e algumas construtoras reajustaram suas tabelas além do INCC (Índice Nacional de Custo de Construção), usado para medir o aumento dos custos dos insumos utilizados nas construções, que teve a maior alta em maio de 2021 desde 2003, com 7,41%. Milton analisa que hoje, o segmento enfrenta o aumento dos prazos das entregas. “As construtoras têm que se adaptar ao cronograma. Antes comprávamos o material um mês antes de a obra começar. Agora precisamos comprar quatro meses antes”, afirma o presidente.