02 May 2024

Publicado em ENZO FERRARI
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Em primeiro lugar quero cumprimentar a diretoria da APM na pessoa da presidente Tereza Cristina e meu brilhante colega e amigo Luis Roberto Guideti por ser merecidamente eleito médico do ano, e segundo comprimento todos nossos colegas médicos pelo o Dia do Médico 18 de outubro dia de São Lucas. Dia 18 de outubro dia de São Lucas, patrono dos médicos. Ele era médico, pintor, autor do terceiro evangelho, e autor dos apóstolos. Nasceu na Antioquia – Turquia, no primeiro século da era Cristã. Foi imortalizado em Tebas – Grécia aos 80 anos, por enforcamento e seus restos mortais encontram-se na Basílica de Santa Justina em Pádua. A designação do Dia do Médico em São Paulo, deve aos esforços do professor Eurico Branco Ribeiro, estudioso de São Lucas, que junto ao deputado estadual médico Ebraim Dobus, elaborou o projeto de lei instituindo dia de São Lucas 18 de outubro como o dia do médico e sendo aprovado pelo Legislativo do Estado em 30/11/71 e sancionado pelo o então governador Laudo Natel. Na noite de 18 de outubro, nós aqui reunidos para comemorarmos o Dia do Médico, e eu como um dos mais antigos, pois sou formado em 1953, pela Faculdade Nacional de Medicina, e desde 1955 estou em São Bernardo, por tanto há 69 anos. Naqueles tempo as necessidades engatinhavam. Éramos médicos gerais, clínico, pediatra, obstetras, cirurgião, ortopedista e às vezes anestesistas. Realmente éramos médicos generalistas por formações e obrigações. Tive a necessidade de iniciar as minhas atividades, nestas bases, médico de família, conselheiro, compadre de muita gente, e até hoje minha clínica é de descendentes da primeira geração, dos clientes que iniciei atendendo. No aspecto social sempre fui responsável pela participação ativa do médico na sociedade, nas associações, e às vezes na política. Fundamos nossa sociedade médica, e a partir dela promovemos eventos, jogos e intercâmbio. Em 1955, São Bernardo do, tinha mais de 100 mil habitantes e 5 ou 6 médicos, hoje tem 900 mil habitantes e 1.500 médicos. Antes a indústria local se baseava na moveleira, hoje constitui o maior parque industrial do Brasil. Antes éramos médicos generalistas que faziam o atendimento de tudo, horas a domicílio, horas no consultório. Nesta época hospital aqui só existia um, em uma casa adaptada. Não havia INPS, nem convênios. Tudo era particular ou social. O relacionamento médico - paciente, eram perfeitos. Os partos eram feitos na maioria em casa e por parteiras, e o médico era chamado quando alguma complicação surgia. Naturalmente a mortalidade materna e infantil eram maiores. A mortalidade neonatal e o tétano do recém nascido eram frequentes. Com o passar dos anos nossa cidade cresceu, desenvolveu, surgiram novos colegas, novos hospitais, novos meios de diagnósticos, pleno de recursos médicos e hospitalares e com colegas brilhantes em vários setores. Se no entanto ganhamos tantas eficiências nos aspectos materiais, perdemos muito e muito no aspecto emocional, e no relacionamento médico-paciente. Ambos, médico - paciente  perderam o elo e sem dúvida nesta década a relação médico - paciente, chegou ao pior nível e isto consequentes da crise de credibilidade porque essa a nação brasileira. A sociedade Médica, a APM, o CRM, as Comissões de Éticas Médicas, tem atuado de maneira auspiciosa, contra tudo isso orientando os médicos como proceder, como e relacionar dialogando com a sociedade em que vive, com imprensa falada ou escrita, é abrindo a APM, a população, com palestras ilustrativas sobre o momento em que passa a medicina e explicando que a visão da história não é o médico, mais uma série de fatores que colaboram para deteriorar a figura do médico, que tem de trabalhar em ambientes cada vez mais inseguros e sem recursos. Precisamos reconsiderar nossos conceitos, nos olhar como membros de uma profissão nobre, que também somos humanos, que somos falíveis, que somos gentes comuns e que temos os mesmos problemas, as mesmas dificuldades e, sobretudo, mais responsabilidades que todos porque nosso mister final é o de salvar vidas.
Por isso temos que considerar que o nosso apoio é a nossa família, e os nossos colegas com os quais poderíamos repartir nossas dificuldades e nossas alegrias. Por isso sou favorável, e considero os colegas sempre a proceder com ética e com respeito diante dos pacientes e dos colegas. Pois só assim a medicina será respeitada e o médico colocado no seu devido lugar na sociedade. Temos que ser gratos para quem nos ensinou, para com a nossa escola, com os nossos mestres e, sobretudo, para com os nossos colegas e amigos.  

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