O número de cursos de graduação na modalidade EaD (Ensino à Distância) aumentaram 700% nos últimos dez anos no País. Hoje, são 9.186 cursos e, em 2012, eram 1.148. Os dados são do Censo da Educação Superior divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), na terça (10).

   Ainda de acordo com o levantamento, no ensino à distância, são 171 alunos para cada professor e, no ensino presencial, são 22 alunos por docente.

   O número de alunos por professor na modalidade EaD é sete vezes maior do que no presencial. Em 2022, dos 4,75 milhões de estudantes que ingressaram em cursos de graduação no País, 3,1 milhões foram na modalidade EaD e outros 1,6 milhão na modalidade presencial.

   O Ministro da Educação, Camilo Santana, demonstrou preocupação com os números divulgados pelo Censo. “Estou bastante preocupado, primeiro com a qualidade desses cursos. Temos que avaliar qual tipo de curso ofertado para boa formação profissional que possa ser a distância. O ensino à distância é importante para facilitar a vida do trabalhador. Mas, quero prezar pela qualidade da oferta desses cursos”, disse o ministro, que afirmou que o MEC irá aprimorar a regulação do setor, implementando novas diretrizes para qualificar os cursos à distância.

   De acordo com o Censo, nos últimos quatro anos, o número total de vagas oferecidas em cursos presenciais caiu 11% e as vagas em cursos à distância aumentaram 139,5%. “Isso exige sinal amarelo ou vermelho aceso para que possamos tomar medidas importantes diante desse cenário. É impossível determinados cursos serem oferecidos na modalidade a distância,” disse o ministro.

Formação de professores – Dados do Censo mostram que oito em cada dez estudantes, que ingressam no curso de licenciatura, optam pelo ensino a distância. Hoje, 64% das matrículas nesses cursos são por EaD. O dado demonstra que a maior parte dos professores de educação básica do Brasil está se formando à distância.

Foto: Divulgação MCTIC