04 May 2024


AME luta para preservar a história de São Bernardo

Publicado em Cultura & Lazer
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Membros da Associação dos Amigos da Memória (AME) de São Bernardo estiveram na Redação da Folha, na terça (30), de janeiro. Na ocasião, a presidente da entidade, Hilda Breda, contou que a AME nasceu, em 2018, dos encontros Conversas de Memória, realizados pelo Centro de Memória da Prefeitura de São Bernardo.

   Trata-se de uma associação não vinculada a órgão público, com o objetivo de proteger e reivindicar melhorias para o patrimônio histórico da cidade. “Fazemos ações em prol do patrimônio do município, indicações para tombamento”, diz Hilda.

   O grupo tem papel fundamental para a preservação do passado da cidade, para que a história de São Bernardo não seja esquecida nem perdida no tempo. “Muitas pessoas possuem acervo, daí morrem, os familiares não têm para onde levar ou jogam no lixo. Nossa preocupação foi essa, ver elementos da história de São Bernardo em caçambas de lixo”, explica Eliene Amaral.

   “O nosso marco zero foi quando foi achado, em uma caçamba no bairro Baeta Neves, um livro que era da gincana que Odette Tavares Bellinghausen fazia para arrecadar fundos para criar a Biblioteca Pública Monteiro Lobato, a primeira da cidade. Pensamos que a situação é gritante, temos que correr para salvar a memória de São Bernardo”, completa.

   Já Célia Guiesser chama atenção para os diversos monumentos e locais históricos que não possuem identificação. “Temos um enorme patrimônio a céu aberto. Na rua Marechal Deodoro, por exemplo, não há nenhuma placa ou identificação que mostre que a via já foi parte da estrada que ligava São Paulo e Santos”, revela.

   Entre os projetos da AME está o Colcha de Retalhos, realizado em parceria com as escolas, que consiste em contar a memória das famílias com pedaços de pano, pijamas e objetos que pertenciam aos antepassados. Também há a elaboração de um livro, com crônicas de mais de 12 participantes, com relatos e histórias de São Bernardo, que aguarda patrocínio para ser lançado.

   Além disso, o grupo chama a atenção para a preservação do acervo no Centro de Memória, que tem enfrentado situação difícil. Não há investimentos para a manutenção dos materiais que, frequentemente, são atingidos pela chuva, e sofrem deterioração do tempo, por não estarem armazenados em condições apropriadas.

   Interessados em conhecerem o trabalho da associação podem participar da próxima reunião, que acontecerá no dia 20 de fevereiro, às 14h, na Alameda Glória, 197, Centro.

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