Pesquisa produzida nesta semana pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) aponta que o conjunto de 34 itens que compõem a cesta básica manteve preço praticamente estável, uma vez houve uma ligeira elevação de 0,94%, o que representou um custo adicional de R$ 5,12 para os consumidores. Enquanto na semana passada o custo médio era de R$ 543,53, nesta foi a R$ 548,65.

De acordo com o engenheiro agrônomo da Craisa e responsável pelo levantamento, Fábio Vezzá de Benedetto, depois de apresentarem, na semana passada, os valores mais baixos do ano até agora, nesta, a batata (34,53%) e a cebola (15,63%) foram os que mais subiram. A única razão para isso ter ocorrido, de acordo com o especialista, foi a ausência de promoções no período imediatamente após o pagamento dos salários no 5º dia útil do mês.

Outro produto a apresentar alta foi o arroz que ficou 0,85% mais caro. Para o carboidrato, Vezzá lembra que a alta média acumulada ao longo do ano gira em torno dos 20% e tem uma explicação para isso. “Esta é uma estratégia conhecida do setor produtivo. Os produtores que ainda detém parte de seu estoque - já consumido durante o ano - retém o remanescente para, desta forma, valorizá-lo para o melhor financiamento das operações de plantio da safra 2016/2017 que ocorre agora durante a primavera”.

Ainda de acordo com Vezzá, os preços mais altos do arroz nesta época estimulam os produtores a expandirem a área cultivada e, consequentemente, os preços tendem a recuar com a chegada da nova safra no primeiro quadrimestre do próximo ano.

QUEDAS – Já os itens que seguiram caminho inverso e apresentaram as retrações mais significativas nesta semana foram o litro do leite (4,43%) – os preços continuam caindo e estão chegando muito próximos dos valores apresentados no mesmo período do ano passado -, o macarrão espaguete (2,92%), o açúcar refinado (2,82%), além da bolacha maisena (2,72%).