02 May 2024

Publicado em MIRANTE
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Definição
O PT foi o que mais elegeu candidatos, entre os estados que definiram novos governadores já no primeiro turno. No total, o partido venceu em três estados: Ceará (Elmano De Freitas), Piauí (Rafael Fonteles), Rio Grande do Norte (Fátima Bezerra) e ficou à frente de MDB, PP e União Brasil, com dois estados cada. O MDB venceu no DF (Ibaneis Rocha) e no Pará (Helder Barbalho). O PP ganhou no Acre (Gladson Cameli) e em Roraima (Antonio Denarium). Já o União Brasil levou em Goiás (Ronaldo Caiado) e Mato Grosso (Mauro Mendes).

Definição I
Os outros partidos com governadores eleitos foram: Novo (Romeu Zema, Minas Gerais), PL (Cláudio Castro, Rio de Janeiro), PSD (Ratinho Junior, Paraná), Republicanos (Wanderlei Barbosa, Tocantins), Solidariedade (Clécio, Amapá) e PSB (Carlos Brandão, Maranhão). O PSDB não fez nenhum governador no primeiro turno e sofreu a maior derrota da história em São Paulo. Perdeu o comando do Estado, após 28 anos no governo.

Segundo turno
Em relação aos Estados que levaram a disputa para o governo ao segundo turno, os partidos com mais representantes nas disputas são: o PT (Bahia, Sergipe, Santa Catarina e São Paulo), o PL (Espírito Santo, Rondônia, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), o União Brasil (Alagoas, Amazonas, Bahia e Rondônia) e o PSDB (Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul).

Bancadas
O PL terá a maior bancada da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a partir de 2023. O partido passou de seis cadeiras para 19 deputados estaduais eleitos. A segunda maior bancada da Alesp será a do PT, que ganhou oito novos deputados estaduais, passando de 10 deputados estaduais eleitos em 2018 para 18 em 2022. O PSDB terá a terceira maior bancada, com 9 deputados estaduais; em quarto lugar está o Republicanos, partido do candidato a governador Tarcísio de Freitas, que terá oito cadeiras na Alesp.

Dos prefeitos
Dos três candidatos a deputados ligados aos prefeitos tucanos do ABC (Paulo Serra, Orlando Morando e José Auricchio Júnior), Ana Carolina Serra (Cidadania), em Santo André; Carla Morando (PSDB) em São Bernardo e Thiago Auricchio (PL), em São Caetano, Ana Carolina foi a que obteve o maior número de votos, 198.698 votos, com uma peculiaridade: 78% dos seus votos (154.080 votos) vieram de seu berço eleitoral, ou seja, Santo André. O mesmo aconteceu com Carla, que dos 177.773 votos conquistados, 110. 802 votos (63%) vieram de São Bernardo.

Dos prefeitos I
Porém, o contrário aconteceu com Thiago Auricchio (PL), dos seus 123.483 votos obtidos, cerca de 26%, ou seja, 32.092 vieram de São Caetano. Ou seja, a maioria dos votos do Thiago veio de outros municípios do Estado, principalmente do interior, o que representa maior influência política do grupo político Auricchio fora do ABC.

Jejum
Depois de um jejum de 20 anos, Santo André voltou a ter deputados federais oriundos da cidade. O município teve cinco deputados federais: Millo Cammarosano (PR),1963-1967, Lincoln Grillo (MDB), 1975-1977, Valter Garcia (PMDB), 1979-1983, Prof. Luizinho (PT), 1999-2003 e 2003-2007; Duilio Pisaneschi (PTB), 1995-1999 e 1999-2003. O ex-secretário de Habitação do governo Paulo Serra e ex-secretário-executivo de Habitação do Estado, Fernando Marangoni (União), eleito com 89.390 votos e o empresário Maurício Neves (PP), com 129.731 votos.

Campeões
Os campeões de votos para deputados federais de 2018, Eduardo Bolsonaro (PL), com 1.843.735 de votos; Joice Hasselmann (PSDB), com 1.078.666 de votos e Celso Russomanno (Republicanos) não tiveram o mesmo desempenho nas eleições de 2022. Eduardo Bolsonaro perdeu o posto de mais votado para Guilherme Boulos (PSOL), que conquistou 1.001.472 votos. Joice obteve apenas 13.679 votos e não foi reeleita. Já Russomanno foi reeleito, mas caiu do terceiro lugar para o sétimo, com 305.520 votos.

Campeões I
Já para deputado estadual, a mais votada em 2018, Janaina Paschoal (PRTB), com 2.060.786 votos, disputou uma vaga no Senado e perdeu. O deputado estadual de São Paulo mais votado foi o vereador Eduardo Suplicy (PT), com 807.015 votos.

De fora
Também houve nomes tradicionais da política que não se elegeram. O senador José Serra (PSDB) ficou em 80º lugar no número total de votos para deputado federal por São Paulo, com 88.926 votos. O ex-senador José Aníbal (PSDB), que já foi vereador, deputado federal e secretário do governo de Geraldo Alckmin (PSB), teve desempenho ainda pior: ficou em 306º lugar, com 7.692 votos.

Desempenho
O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), revelou com exclusividade à Folha, que não avaliou com pessimismo o desempenho da sigla, mas destacou a importância de uma mudança. “O partido precisa de uma readequação completa, inclusive com mudança do nome, da sigla. O posicionamento ideológico da população foi direcionado, ou para a direita ou para a esquerda e o eleitor histórico do PSDB fez uma migração automática para a direita. O PSDB não se atualizou e ficou nas pautas históricas, que estão entrando em desuso e ficou praticamente brigando com o eleitor”, analisou.

Desempenho I
Sobre o desempenho do governo Rodrigo Garcia, que não passou para o segundo turno, Morando avalia que o motivo não seja porque ele não fez um bom governo. “O Rodrigo foi esmagado, pois o eleitor se dividiu entre direita e esquerda. Ele teve bom desempenho no governo e nos projetos, mas a população não quis alguém do Centro, a sociedade escolheu direita ou esquerda. O partido precisa de uma identidade nova”, ponderou. O prefeito ainda revelou que não deixará a sigla e que irá contribuir para fazer as mudanças necessárias no partido.

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