05 May 2024


Academia Militar de Agulhas Negras AMAN - 228 anos

Publicado em Luiz José M. Salata
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A Academia Militar de Agulhas Negras se trata de uma escola de ensino superior do Exército Brasileiro, situada na cidade fluminense de Resende, ao pé da Serra da Mantiqueira, cuja maior montanha, o Pico das Agulhas Negras a 2.792 metros acima do nível do mar, deu o nome à academia. No fim do século XVIII, em 1790, a Rainha Dª. Maria Primeira, de Portugal, instituiu em Lisboa a Real Academia  de Artilharia, Fortificação e Desenho, e nos dois anos seguintes, em 17 de dezembro de 1792, autorizou a implantação na cidade do Rio de Janeiro de uma instituição nos mesmos moldes dessa escola militar. Com a transferência da Corte para o Rio de Janeiro, em 1808, a instituição foi sucedida pela Real Academia Militar do Rio de Janeiro, criada pelo Príncipe Regente, em 1810. Após a Independência, em 1822, a academia passou a ser denominada de Imperial Academia Militar, mudando para Academia Militar da Corte, ainda para Escola Militar e Escola Central, transferindo-se para o Forte da Praia Vermelha. Os engenheiros formados nessa escola eram civis, por ser a única escola de engenharia no país à época, e que funcionou até o mês de novembro de 1904. Com a ocorrência da Revolta da Vacina, nesse período, resultante da vacinação obrigatória para combate à varíola, cuja posição a população não aceitou, e os alunos aderiram a esse protesto, então a escola foi fechada. Em 1913, com o objetivo de unificação de todas as escolas de guerra e de aplicação, foi criada a Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, que formou oficiais por quase quarenta anos. Com a necessidade de aperfeiçoar a formação de oficiais para um exército que crescia e se operacionalizava, foi criada em Resende, no ano de 1944, a Escola Militar, idealizada pelo Marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, denominada a partir de 1951, de Academia Militar das Agulhas Negras, com área total de 67 km2. É a única escola formadora de oficiais de carreira das Armas da Infantaria, Cavalaria, Artilharia, Engenharia e Comunicações, do Quadro de Material Bélico e do Serviço de Intendência do Exército Brasileiro. A procura dos jovens para o ingresso na Academia de Agulhas Negras é muito grande, demonstrando que nos seus duzentos e vinte e oito anos desde a criação, a mais famosa escola de formação de militares do país demonstra a existência da vocação dos seus aspirantes nos destinos da nação. Para o ingresso  na conceituada Academia Militar é necessário prestar um concurso público, que ocorre anualmente para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército, situada na cidade de Campinas. Na oportunidade,  os interessados sob o título de aluno, os jovens militares com idades entre os 17  e os 22 anos, realizam um curso de um ano, após o qual ingressam na Academia Militar, sem necessidade de prestar novo concurso público.  A formação básica da escola militar é a de ajustar a personalidade do cadete aos princípios que regem a vida militar, assegurar os conhecimentos que o habilitem ao prosseguimento de sua formação de oficial, formar o caráter militar, preparar o combatente básico, obtendo reflexos na execução de técnicas e táticas individuais de combate, obter capacitação física e desenvolver habilidades técnicas. É grande o número de ex-alunos da Academia Militar de Agulhas Negras que se projetaram na vida nacional. Relembro o General de Brigada, Renato Augusto Ferreira Costa Neves, que exerceu o Comando do Corpo de Cadetes da Academia, de vinte e cinco de abril de 2017 a doze de dezembro de 2018, após cumprir com brilhantismo todo o Curso de Cadetes e lá exercido inúmeras atividades. Atualmente está investido como Comandante em Chefe da maior Missão de Estabilização da Organização das Nações Unidas – ONU, na República Democrática do Congo. Trata-se de uma ação de imposição de paz, visando o desarmamento e desmobilização dos grupos armados clandestinos. Fica feita essa anotação, pois o General Renato Augusto é nascido na cidade de Olímpia, filho dos saudosos Renato Augusto Costa Neves, que foi Delegado de Polícia, e Marilena Ferreira Costa Neves, Professora Universitária, e neto do Dr. Antonio Augusto Reis Neves, emérito educador e que manteve por vários anos o Colégio Olímpia e a Escola Normal Nossa Senhora da Conceição, Cursos Científico e Contador, além do internato masculino e feminino, que hospedou grande número de jovens do estado de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso. Sem dúvida a sua carreira está calcada nos alicerces familiares de educação e cultura, como também dos órgãos de ensino da cidade. Como olimpiense de coração, orgulhoso, muito me ufano de ter convivido com essa gentilíssima família que concebeu figura tão expressiva no cenário militar nacional e internacional.   

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