03 May 2024

Publicado em Editorial
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   Não mais que de repente, o Natal chegou. Para celebrar a data festiva, talvez a mais importante do ano, o nascimento de Jesus Cristo, às casas, apartamentos e repartições públicas estão decoradas de maneira especial, com piscas-piscas coloridos, enfeites e, claro, árvores de Natal. A figura de Papai Noel também se faz presente, seja nos enfeites ou na presença do próprio bom velhinho nos shoppings.
   Nos últimos anos, as decorações natalinas foram ganhando cada vez mais espaço nos paços municipais das Prefeituras do ABC. Neste ano, todas elas anunciaram programações especiais para celebrar o Natal. Adereços natalinos em tamanho gigante, árvores de Natal com mais de 15 metros, corredores de luzes em ruas principais, ônibus de transporte público iluminados, shows de bandas famosas, para todos os gostos, e até mesmo atrações de um parque de diversões, estão entre as opções oferecidas.
   Em quase todas as cidades, houve grande destaque para a diversão, mas foi quase esquecido o verdadeiro símbolo do Natal, que é o presépio. Ele representa a cena do nascimento de Jesus, conta com a presença de alguns animais na cena (boi, burro, ovelhas e cabras) e alguns pastores. Maria e José são os pais de Jesus. Os anjos presentes no momento foram os responsáveis por anunciar o nascimento do menino.
   Por que não pôde ser feito algo, até lúdico, sem sair na linha adotada pelas Prefeituras, a da “diversão”, que estimulasse não só crianças, mas adultos a resgatarem a verdadeira celebração do Natal, que contasse a história ou pelo menos auxiliasse na reflexão particular de cada um?
   O Natal celebra o nascimento de Jesus Cristo e por que a figura dele quase ou não está presente nas decorações? Por que o protagonista da data, Jesus, não aparece na própria festa que celebra o seu nascimento? Ainda que o secularismo tenha tomado conta da atual sociedade, não se pode omitir a verdade, a história e o significado do Natal, que não é na diversão instagramável, que flerta com o hedonismo, nem na troca de presentes, estampada em um consumismo desenfreado?
   O termo Natal tem origem na palavra do latim “natalis” que, por sua vez, é derivada do verbo nascer (nascor). O Natal traz, não só para os cristãos, um desejo de fechamento e início de ciclos, também um momento de reflexão e confraternização.
   O Natal precisa ser iluminado. As luzes do Natal ajudam a aflorar, de maneira espontânea, muitos dos ensinamentos de Jesus, que evidenciam um outro lado das pessoas no seu dia-a-dia: ficam mais abertas ao diálogo, à confraternização e também decididas a dar um pouco mais de amor ao próximo. Mesmo com todos os tipos de dificuldades, muitos brasileiros acabam mostrando o seu lado humano neste período do ano.
É preciso uma trégua para a reflexão. É tempo de buscar a paz interior, da harmonia, entendimento, confraternização, reconciliação e todos os preceitos oriundos do Cristianismo. O dia 25 de dezembro é consagrado à lembrança de que Jesus Cristo viveu entre nós. Sofreu e morreu na cruz, deixando um legado de princípios éticos e morais que, se fossem seguidos à risca, tornariam a vida de todos mais feliz.
   O Natal, por esse motivo, é dedicado à análise de nosso comportamento, de nossa vida e das coisas que passam à nossa volta. A data não pode e não deve ser vazia de significado. Deve ser comemorada sim, com luzes, ceia, presentes e decorações, mas sem esquecer o principal motivo da celebração, ou seja, o nascimento do menino Jesus e os seus ensinamentos, que ultrapassam os limites das diferenças religiosas. Um Feliz Natal repleto de luz e reflexão!

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