29 Apr 2024

Publicado em Editorial
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Parecia que tudo estava sob controle, a pandemia havia se arrefecido, com baixa no número de casos e óbitos; o uso de máscara na maioria dos locais públicos e privados havia sido abolido e, com isso, houve uma falsa impressão que a Covid-19 tinha, enfim, ficado para trás, com a ampla vacinação realizada no Brasil. Porém, nas últimas semanas, o que se tem assistido é a volta do aumento de casos e internações pelo novo coronavírus. O grande culpado disso, se é que há um culpado, é a própria população, com o relaxamento das medidas de proteção contra a Covid-19.
Pelo menos 9 milhões de moradores do Estado de São Paulo estão com a terceira dose, ou dose de reforço, em atraso, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde. Isso corresponde a mais de um quinto da população do Estado, a partir dos 12 anos de idade, que poderia ter tomado o reforço. Além disso, mais de 7 milhões de pessoas, na faixa de 40 anos ou mais, ainda não tomaram a quarta dose no Estado.
Somado a isso, a alta de infecções também pode ser associada ao avanço da nova subvariante da Ômicron, a BQ.1. Ainda não se sabe se essa subvariante é mais transmissível ou mais grave, nem se existe risco que escape à proteção oferecida pelas atuais vacinas ou pelas vacinas já tomadas. Porém, a recomendação dos especialistas é uma só: tomar as doses de reforço. Infectologistas recomendam que a cobertura vacinal fique acima de 90% nos municípios.
No ABC, mais de 1 milhão de pessoas estão em atraso com a terceira dose da vacina contra a Covid, de acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado, que considera a população a partir dos 12 anos. O número corresponde a aproximadamente 38% da população total dos sete municípios. Vale lembrar que a aplicação da terceira dose no ABC teve início em setembro de ano passado e que se encontra disponível nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de todas as cidades da região. No ABC, 1,92 milhão de pessoas poderiam ter tomado a quarta dose, mas ainda não o fizeram.
A baixa adesão às doses de reforço pode ser resultado da certa tranquilidade causada pelo arrefecimento da pandemia, com baixa no número de casos e óbitos e o relaxamento das medidas de proteção. Com isso, só na Grande São Paulo, houve aumento de mais de 65% no número de internações em unidades de terapia intensiva nas últimas semanas.
Em São Bernardo, por exemplo, 25% da população ainda não tomou a terceira dose da vacina e 60% (432 mil pessoas) ainda não tomaram a quarta dose. Em São Caetano, o índice de imunizados com a terceira dose é de 78,6%, mas com a quarta dose é de 49% da população. Também a taxa de ocupação dos leitos de UTI já bateu os 40%. Em Santo André, a imunização da população com mais de 18 anos é de 88% e a taxa de internação em UTI chegou aos 32,56%.
Recentemente, o Consórcio Intermunicipal do ABC deliberou pela recomendação da volta do uso de máscara no transporte público na região.
A situação obriga a população a ter cautela, caso queira continuar vivendo no novo “normal”, que predominou durante quase a totalidade de 2022. A vacina salva vidas e é o método mais eficaz de prevenção de casos graves da Covid-19. Afinal, não se pode esquecer que a pandemia já matou mais de 688 mil pessoas no País.

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