26 Apr 2024

Publicado em Editorial
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou em pronunciamento de rádio e TV, o fim da emergência de saúde pública em decorrência da pandemia de Covid-19. Segundo Queiroga, isso foi possível por causa da melhora do cenário epidemiológico, da ampla cobertura vacinal e da capacidade de assistência do Sistema Único de Saúde (SUS).
O anúncio é condizente com as altas taxas de vacinação e as quedas no número de casos e internações. Na quinta (21), o país registrou 204 mortes em 24h e média móvel de 109. Nos últimos 14 dias, a média móvel de mortes está em -35% e indica tendência de queda. Porém, vale lembrar que o Brasil, no dia 8 de abril de 2021, chegou a bater recorde no número de mortes por Covid-19, chegando a 4.249 óbitos registrados em apenas 24 horas.
O Brasil identificou a primeira contaminação pelo novo coronavírus no final de fevereiro de 2020, enquanto a Europa já registrava centenas de casos de Covid-19. No dia 3 de fevereiro de 2020, o Ministério da Saúde declarou a Covid-19 como uma emergência de saúde pública de importância nacional. Após mais de dois anos, o Brasil acumula, mais de 662,4 mil mortes e mais de 30, 3 milhões de casos conhecidos.
Atualmente, 75,6% dos brasileiros já completaram o esquema vacinal contra a Covid-19 e mais de 83 milhões receberam a dose de reforço. Ao todo já foram aplicadas 469,08 milhões de vacinas.
No ABC, os índices de vacinação também estão bem avançados. Em Santo André, a cidade atingiu cobertura vacinal de 100% da população adulta com as duas doses e de 75% com a dose de reforço. Entre as crianças de 5 a 11 anos, 86% já receberam a primeira dose. São Bernardo tem cobertura vacinal de 96% da população adulta com pelo menos uma dose, 89% com a segunda dose e 74% com a dose de reforço. Entre as crianças, de 5 a 11 anos, 53,4% estão totalmente vacinadas e entre adolescentes de 12 a 17 anos, a cobertura é de mais de 85,5%. São Caetano atingiu cobertura vacinal de 97,4% da população adulta com pelo menos uma dose, 96,2% com a segunda dose e 88,7% com a dose de reforço. Entre as crianças, de 5 a 11 anos e de 12 a 17 anos, a cobertura vacinal é de 100%, com a primeira dose.
Mas será que é o fim da pandemia? A Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentou algumas possibilidades. O mais provável é que variantes do vírus continuem circulando em ondas intermitentes, mas devido à imunização vacinal ou natural é provável que a sua gravidade diminua. No pior dos cenários, caso haja uma nova variante seja altamente virulenta e transmissível, poderá ser exigido o retorno das medidas emergenciais, como o uso de máscaras.
O fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin) pode ter impactos em várias leis relacionadas à pandemia aprovadas pelo Congresso desde 2020. Entre as medidas que podem ser afetadas, caso não sejam definidas regras para transição, está a autorização para o uso emergencial de vacinas que ainda não contam com registro, como é o caso da Coronavac.
Também não se sabe, pelos estudos feitos até agora, quanto tempo dura a imunidade após a vacinação ou a infecção pelo coronavírus, mesmo com três ou quatro doses. É hora de monitorar, testar e acompanhar o que está acontecendo no mundo e no Brasil. Pode ser que, em seis meses, apareça tantos casos que seja necessário instituir a quarta dose para toda a população, mas, pelo menos por enquanto, é possível viver com a sensação, ainda que efêmera, do “fim” da pandemia. 

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