26 Apr 2024


Histórias e “Causos” do Alberto, sua família, seus amigos (VI)

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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As Jabuticabas
Pelos anos 50, chegaram em um navio, vindo de Portugal tios e primos de mamãe. No primeiro dia, Fernando e Tozé, pequenas crianças, comeram quase um cacho de bananas, fruta quase inexistente na época no país deles. Tudo aqui para eles era novidade, sendo isso, um “prato cheio” para o Alberto. Ao lado de nossa cozinha tinha uma pequena árvore, que o Berto, havia enchido de ovos que aos poucos consumia nas omeletes, furando só as pontinhas e espetando-os nas pontas dos galhos. Disse aos pequenos que aqui, os ovos nasciam em árvores... eles logo viram que não. O filho dos primos, Carlos, o mais velho e na época com 17 anos, foi o escolhido para as brincadeiras.
Entre outras, tem aquela de que para matar formigas, coloca-se um pedaço de toucinho ao lado do formigueiro, e na hora em que elas sobem devido o cheiro, damos uma paulada na cabeça delas.
O máximo foi quando o Alberto ofereceu jabuticabas ao primo e contou que eram frutas que cresciam no tronco das árvores. Ao que o Carlos retrucou:
- Oh, primo... esta não me pegas!
O Alberto então o levou ao quintal, onde as jabuticabeiras estavam carregadas. Ante o olhar admirado, disse: - Oh, Alberto, não é que desta vez é verdade mesmo?

 Viveiro dos pássaros
Tínhamos no quintal, um viveiro do tamanho de uma casa. Tinha dentro a casa do poço, árvores plantadas, pássaros de toda espécie: tucanos, pica-paus, saracuras, mutuns, periquitos e pequenos pássaros, que ficavam em viveiros menores, mas que tinham ligação com esse maior por pequenas aberturas nas redes. Eram uns 300 pássaros. Tivemos que soltar as rolinhas, pois elas estavam se multiplicando muito. Os 5 filhos tinham que ajudar o Alberto a cuidar do viveiro junto com o caseiro. O problema era que com a comida das aves, os ratos também faziam suas casas no viveiro. Era um dia de festa para as crianças, o extermínio dos ratos. O Alberto ficava com uma mangueira jogando água em um dos buracos dos túneis que os bichinhos faziam, e nós, com paus e vassouras nas saídas de outros buracos. Quando eles surgiam, era a maior gritaria. Pegávamos os ratinhos pelo rabo e os jogávamos em uma lata com água, pois o “finalmente” era feito pelo Alberto. O problema era que muitas vezes, nós saiamos cheios de galos, pois nos acertávamos com os paus.
(Continua)

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