18 May 2024


Eduardo Botallo cidadão de São Bernardo

Publicado em TITO COSTA
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Por iniciativa do vereador Tunico Vieira a Câmara Legislativa de São Bernardo concedeu, recentemente, o titulo de cidadão sambernardense ao pof. Eduardo Domingos Botallo que foi diretor da Faculdade de Direito e alí leciona há vários anos. Foi no auditório dessa nossa Escola, em sessão solene, que a outorga lhe foi entregue. Participei de um vídeo exibido na ocasião com um depoimento sobre o homenageado pois havíamos trabalhado juntos, ambos recém formados, como advogados da Prefeitura ao tempo do inesquecível prefeito Lauro Gomes. Assinalei, entre outras virtudes do agraciado, que ele também transita no terreno da poesia e que publicou um excelente livro de trovas tributárias, sendo o Direito Tributário uma de suas especialidades. 
Quem diria que o direito tributário pudesse inspirar poesia. Mas, Eduardo Botallo conseguiu poetar em torno de um tema tão árido pois não há quem não se assuste ou se amedronte em face do leão, implacável arrecadador de tributos, sempre com a boca escancarada na busca de suas vítimas. Trovas Tributárias, editado pela Livraria e Editora Alpharrabio, de Santo André, abre-se com uma dedicatória muito especial, contendo  bem humorado trocadilho: “Esta obra é dedicada à Receita Federal do Brasil, a quem os contribuintes pátrios tanto devem”.
Assinalei também que Eduardo Botallo e eu nos encontramos no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo onde ele teve assento, por quatro anos, como juiz, na categoria de jurista, por nomeação do presidente da República. E eu advogado atuando naquela Corte especial. Contei também nesse depoimento que quando prefeito de São Bernardo promovi durante alguns anos concurso nacional de trovas, aqui comparecendo trovadores de vários estados do Brasil. Mas não me dei conta, naqueles tempos, da existência de um exímio mestre da trova tão perto de nós, o prof. Botallo, que em 2006 recebeu da União dos Trovadores do Brasil o troféu “Revelação da Trova”. Eis algumas delas: sobre empréstimo compulsório: Um larápio me levou/ da cueca ao suspensório/ e, sério, justificou:/ ”empréstimo compulsório”.  Sobre o IPVA: “É só congestionamento/ para onde quer que se vá/ mas o que mesmo lamento/ é pagar o IPVA”. Sobre o imposto de herança, o “causa mortis”: “Vendo marido de idade/ a Glorinha no seu “shortis”/ fica louca de vontade/ de pagar o “causa mortis”. Aqui a palavra shortis foi adaptada para rimar com mortis. É a chamada licença poética. Sobre as grandes fortunas: “O Senador, na tribuna/ proclama o que é de justiça:/ “tribute a grande fortuna”/ (A dele ... está na Suíça)”. Em homenagem ao autor perpetrei uma de minha autoria: O Botallo, com requinte/ Lamenta o que o Fisco tira/ Mas se é ele o contribuinte/ A Musa já não o inspira!

Tito Costa é advogado, ex-prefeito de São Bernardo do Campo e ex- deputado federal constituinte de 1988. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

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