18 May 2024

Publicado em TITO COSTA
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A presidente Dilma anunciou o programa “Brasil sem Miséria” prometendo erradicar a pobreza extrema,  visando um público de 16 milhões de brasileiros, ou seja, 8,5% da população, segundo o IBGE. É o PT comprando votos, de novo, na exploração dos miseráveis. Convenhamos que esses nossos patrícios reclamam mesmo urgência na atenção especial do governo para com eles, mas essa atenção não deveria limitar-se a entregar dinheiro aos pobres pela via do caixa do governo. Informa o IBGE: os miseráveis ocupam mais de 4 milhões de domicílios no país todo. A extrema pobreza está mais concentrada nas cidades (53,3%) do que no campo (46,7%), sendo a incidência maior no Nordeste com 9 milhões dos considerados miseráveis (59%). Na região Sudeste, 17% de pobreza extrema.
Para enfrentar esse quadro tão preocupante quanto vergonhoso para o Brasil, será preciso mais: educação, especialmente, a fim de que esses infelizes possam aprender pelo menos duas coisas importantes: limitar o número de filhos e respeitar uma hierarquia de valores e de necessidades: por exemplo, adquirir antes um terreno em vez de um telefone celular ou um toca-discos, e assim por diante. Um carroceiro declara no jornal: “Quando vejo meus filhos querendo as coisas que não posso lhes dar, sinto que é por falta de capacidade minha”. Talvez, digo eu, excesso de capacidade para engravidar sua companheira. Uma professora me contou: um dia uma sua aluna, alegando pobreza da família, pois não tinha o que comer, pediu-lhe um pedaço de seu lanche. Ela deu. Passam-se os dias e a mesma aluna, talvez com falsa ingenuidade, mostra-lhe uma surpresa: olha professora tenho um celular novo. Meu pai me comprou. A mestra nada comentou e nem era preciso. Será esse um caso isolado ?  Certamente, não.
No registro da nova campanha do governo “Brasil sem Miséria” alguns jornais mostram casais vivendo em situação abaixo do mínimo de dignidade, em espaços apertados, amontoados num cômodo que serve de cozinha, quarto, etc.; e, claro, uma penca de filhos. Aquela infeliz mulher que deixou seu bebê numa caçamba de entulhos, ao ser presa revelou que tinha 6 filhos e não podia sustentar mais um. Eis aí o miolo da questão.  Um padre amigo contou-me que mulher de sua paróquia, na periferia, mãe de nove filhos, grávida de novo e repreendida por ele, declarou-lhe: Padre, é Deus quem manda ! E o padre: que Deus, nem Deus, Ele não tem nada com isso, vocês é que são uns irresponsáveis, pondo filhos no mundo sem ter como criá-los.
Dona Dilma, inclua nesse seu patriótico programa de combate à miséria uma política firme com promoção de cursos para casais, ensinando-os a assumirem o controle da natalidade, com tantos meios que hoje existem, apesar de a Igreja ser contra. Mas, a Igreja, que se lembre daquele padre para quem não é tarefa divina controlar os excessos dos casais na cama, e que evitar mais uma gravidez pelos meios de contra-concepção conhecidos e praticados desde tempos imemoriais, será bom para pais e filhos. E, por certo, bom também para o País e suas futuras gerações.

Tito Costa é advogado, ex-prefeito de São Bernardo do Campo e ex- deputado federal constituinte de 1988. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Última modificação em Sexta, 06 Maio 2011 11:16
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