03 May 2024

Publicado em TITO COSTA
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A gente vai ficando velho, rabugento às vezes, curioso sempre, tolerante, decepcionado. E não há nada de novo para escrever sobre a velhice. Melancólica, trágica, desesperada, tranquila, feliz, escolha o leitor o que mais se pareça com você se for velho, ou na iminência de ser. Na mídia ela sempre é mencionada, mas poucas vezes mostrada. Porque ela é uma, única  para cada um, conforme a vida que se tem ou que se teve.
O envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da humanidade e também um de seus grandes desafios. A proporção de pessoas com 60 ou mais anos de idade vem crescendo mais rapidamente do que qualquer outra faixa etária. Até 2025 espera-se um crescimento de 200%, algo em torno de 600 milhões, no número de pessoas consideradas velhas no mundo. Por mais que o mercado e a propaganda tentem esticar a juventude por meio de slogans como “a melhor idade”, a velhice é um fato e não pode ser considerada uma palavra pejorativa.  Há nos dicionários algumas definições de “velho”, como “idade avançada”, “que tem existência longeva” “nem parece que tem mais de oitenta” e tantas outras que podem servir de consolo para idosos, mas um consolo fugaz, de curta duração.  
No mundo da publicidade, em geral, há um propósito de convencer bilhões de pessoas de que ser considerado velho é a pior coisa que pode acontecer  a um ser humano. Claro, porque na realidade do nosso dia-a-dia  nenhuma empresa tem o propósito de contratar  um velho para seus serviços; poucas pessoas pensam em namorar um velho. Entretanto, em situações de limite da vida é na velhice que, ironicamente, encontramos confiança.
Há esforços aqui e acolá no sentido de mostrar-nos que existe uma “quarta idade” que começaria com os 80 anos, no entanto um octogenário não se arriscaria a casar ou viver maritalmente com uma “jovem” de 60 anos, nem esta se aventuraria a viver com um oitentão, por mais rico e “gostosão” que fosse.
Há estatísticas prevendo que até o ano de 2025 o Brasil será o sexto país em numero de idosos. Paciência.  Eu, pelo menos, chegando aos 2022 estarei satisfeito. Depois disso, haja condições psicológicas e financeiras para prosseguir. Melhor mesmo é entregar os pontos. O escritor Rubem Alves diz com sabedoria a um certo ara de tristeza: “A velhice tem sua beleza que é a beleza do crepúsculo”.

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