A história da colonização italiana em São Bernardo resultou na emigração ocorrida na Itália, para alguns países da América do Sul e do Norte, dentre outros também  da própria Europa, visto a necessidade de um novo rumo e  colocação de um grande número de famílias que necessitavam de uma nova vida. Relembrando a Unificação da Itália em 1861, e plena libertação, pois a população foi mantida sob o jugo dos invasores austríacos, desde 1814, durante quarenta e sete anos, tendo o país suportado graves crises. Após esse tempo padeceu de inúmeros problemas internos e de total estagnação, sem quaisquer perspectivas de pronta recuperação em todas as áreas. Com a interferência do Rei Vittório Emanuele II, da Itália, e de D. Pedro II, do Brasil, que eram primos, foram facilitadas as tratativas com os fazendeiros de café, através das companhias de colonização, pois nessa época, tanto no sudeste e no sul do país já existia grande escassez de mão de obra. Ao mesmo tempo, tais tratativas resolveriam para os cafeicultores preocupados com a mão de obra, pois se avizinhava a libertação dos escravos e, assim de solução para as famílias italianas que almejavam as perspectivas de trabalho.  Foram promovidas as triagens dos milhares de familiares, para ensejar as suas qualificações para verificação nas áreas de trabalho. Desse modo, o primeiro grupo de italianos católicos e agricultores partiu para o Brasil, no navio a vapor Sud-América que zarpou de Genova, regione Liguria, passando primeiramente pelo Rio de Janeiro em 25 de setembro de 1877, e seguidamente aportando em Santos, após terem participado dos cadastramentos e quarentena nos próprios galpões do porto. Vale dizer que, a Hospedaria dos Imigrantes foi inaugurada em 1887, por isso os imigrantes foram recebidos mesmo em Santos, submetidos aos exames e tratamentos médicos e outras providências de ordem pessoal. Os imigrantes subiram a Serra do Mar após a liberação  e, segundo as estimativas se instalaram em meados da segunda quinzena do mês de outubro de 1877, na Freguesia de São Bernardo, no Casarão do Bonilha, já demolido, localizado na atual Praça Lauro Gomes, até que fossem chamados para ocupação das terras dos projetos nos Núcleos Coloniais. No caso, as primeiras dezessete famílias de imigrantes italianos são as seguintes: Angioletti, Bassani, Casa, Dal Zotto, Locatelli, Negri, Paggi, Tolotti, Baraldi, Bianchini, Cestari, Gerbelli, Margonari, Médici, Odorizzi, Pedó e Visentainer. Ao tempo, as famílias dos imigrantes italianos aqui chegadas foram se instalando na Freguesia e bem se adaptando na nova terra, com muita disposição para a tão aguardada vida no Brasil. Desde logo, cabe salientar a renovação dos costumes por eles introduzidos, como também as novas modalidades de construção, abertura de caminhos e estradas, sistemas  de meios de trabalho nas diversas atividades mercê de disposição das grandes experiências trazidas do milenar país, motivo do visível e no tempo pelo claro desenvolvimento para a nova terra. No início do século vinte, com a vinda de dois padres scalabrinianos da Ordem dos Missionários de São Carlos, por iniciativa de D. João Batista Scalabrini, que visitando São Paulo tomou ciente da forte influência italiana na região, e assim encaminhou dois padres para cá para assistência religiosa aos italianos e também brasileiros. No tempo, os italianos convivendo pacificamente com os brasileiros e irmanados promoveram muitas atitudes nos trabalhos e um grande e notável desenvolvimento nas áreas da agricultura, comercial, industrial, teatro, rádio, imprensa, construção, móveis, extração de lenha, cultura do vinho, gastronomia, enfim com a introdução de várias modalidades que resultaram no inegável progresso. Com isso, a construção de pau a pique da Capela de Santa Filomena, em 1881, criação da Società Mutuo Socorso Italiani Uniti, atual Associação Italo Brasileira de Beneficência, em 1898, Festa di San Bartolomeo, Sociedade Cultural Brasilitália com Curso de Italiano,  Palestra de São Bernardo, Banda Carlos Gomes, Clubes de Bocha, Circolo Italiano de Toscana do Riacho Grande, Coral Bicchieri D’Oro, Coral Santa Cecilia, União dos Vinicultores Artesanais, Comenda de São Bartolomeu e a Medalha do Imigrante Italiano e seus Descendentes, e os encontros familiares para cultivo das datas dos santos e outras festivas. Mais uma vez, a grandiosa e operosa colônia italiana é distinguida com as melhores referências e agradecimentos com eterna gratidão por tudo que praticaram desde o início dos cento e quarenta e quatro anos de vida para a nossa cidade, motivando o inegável progresso e desenvolvimento de São Bernardo. Agli immigrati italiani il nostro profondo ringraziamenti.