Na semana passada falei sobre o dia das mães. Hoje falarei sobre a felicidade de ser avó e os acontecimentos da vida.
Pensava que nunca veria meus netos se casando. Um pelos tempos modernos e outro pela pandemia. Eles vão se acomodando e o tempo passando. Há um ano, porém, meu neto que mora em Toronto e já vivendo esse confinamento com uma companheira, me ligou dizendo que ela, a Anisha, filha de indianos, disse sim e que iriam casar. Se eu iria estar presente. Já de antemão, eu disse que seria difícil devido meus problemas de saúde, mas que estava muito feliz. Eles então foram planejando. Já tinham comprado uma casa, ele engenheiro em mineração e ela advogada, e foram visitando os locais onde seria realizado o enlace. Me pediu de presente a deusa Tara, uma estatueta indiana em bronze que eu tinha há muitos anos... Fiquei super feliz por ele a ter pedido. Com bastante antecedência, o casamento foi marcado para 7 de maio de 2022. Começaram assim os preparativos de quem iria.
Em abril meu neto Guilherme (de meu filho Renato e Sandra) com sua companheira Inaê, ligou se podiam vir aqui comer uma pizza. Ok. Chegando me disse que tinha duas notícias boas para me dar. Uma era que como biólogo em pesquisas, foi convidado para trabalhar nos Emirados Árabes... e a outra? Eu disse: vou ser bisavó? Ele disse: Não, nós vamos nos casar para ela poder ir comigo. Perguntei: e o mestrado em biologia que ela estava fazendo na USP? (que havia começado sendo aprovada em segundo lugar). Ela disse que ia desistir. E.... quando vão casar? Bom, só estavam comunicando. Na mesma semana começaram a visitar alguns espaços e decidiram fazer o casamento civil na casa dos pais em Cotia no dia 19 de abril (vieram me buscar) e ainda sem decidir o local do evento. Finalmente o dia marcado foi primeiro de maio no Espaço Celeiro do Quintal em Pinheiros, num domingo ao meio dia. Bom, já viram a confusão. Eu ajudando o meu filho Ricardo, pai do Henrique, que veio de Curitiba, com o “enxoval” e malas, que foi para Toronto na sexta-feira a noite. Recebendo aqui o neto Daniel com a namorada Julia, para irmos ao do Guilherme, no domingo. Enfim, tudo deu certo. Os casamentos foram contos de fada. Bem diferentes. Aqui com declarações deles para eles, com uma benção ecumênica, feita por pessoa alheia à religião. Ao som das músicas que eles gostavam e depois banda de rock e DG. Curti tudo muito.
Dia 7, o casamento do Henrique e Anisha teve uma celebração indiana, para família e padrinhos, todos vestidos seguindo as tradições e depois das 17 horas o coquetel e jantar a moda ocidental com todos os convidados no Hotel Fairmont Royal York. –Toronto-Canadá. Presentes também os padrinhos dele, Renato e Sandra.
Um pequeno vídeo nos trouxe alguns momentos do enlace. Logo receberei o passo a passo. A felicidade para mim, apesar de não estar presente foi total.
Tudo isso juntou-se ao dia das mães, a casa ficando uma bagunça...e dia 18 será a formatura em biologia do neto Daniel (filho do Robi). As netas Juliana (irmã do Guilherme) cursando psicologia e já namorando. A neta Heloíza (irmã do Henrique) no primeiro ano de medicina. Por não poder faltar as aulas não pode ir ao casamento.
E eu que estava achando minha vida estagnada. Tendo parado de dirigir após pegar no volante por 64 anos, andando de Uber e Táxi, achando que eu não era mais eu, ficando dependente, o que só tinha sido nos problemas de saúde, vem toda essa alegria em minha vida. Eu que dizia que achava que nunca seria bisavó, agora ainda tenho uma esperança...rsrsss... quem sabe? Quem sabe novos casamentos?
Vida é isso... Quando pensamos que já vivemos tudo o que estava escrito em nossa caminhada, aparecem estes “entre aspas” que só nos trazem alegrias...
Com o abraço da Didi