01 May 2024

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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O assunto agora é a chuva. Um assunto triste quando acompanhamos tantas tragédias acontecendo. E parece que ela não vai dar trégua tão logo. E em março, a canção Aguas de Março não nos deixa esquecer que é o mês das águas caírem do céu. O verde agradece, mas também tanta água faz com que as raízes das árvores se soltem da terra provocando a queda. Principalmente árvores plantadas há muitos anos e com seus troncos ocos ou com cupins. Há muitos anos, o jornalista Joelmir Beting falou no seu horário na TV: “Não estacionem seus veículos embaixo de árvores, pois pode ser um prejuízo”. Mas com o trânsito hoje em dia, qualquer vaga que encontramos, nem pensamos nesse detalhe.
Penso que vocês já estão se adiantando na matéria. Sobre as encostas que estão se desfazendo trazendo com elas famílias inteiras que desaparecem. Isso tem nos deixado com o coração apertado.
É o momento dos nossos governos pensarem em dar um lugar seguro para esses brasileiros morarem. Os apartamentos populares.
Tive uma diarista por cinco anos, que me contava como funcionava. Se inscrevia e quando o apartamento era entregue, eles tinham que dar um acabamento, onde amigos profissionais, ou não, no assunto, se ofereciam e faziam um mutirão para finalizar a obra. Ela era muito prestimosa com seu pedaço de chão. Antes disso morava em favelas e dava muito valor ao novo lar conquistado.
O valor mensal da prestação era de R$50,00 por mês. Por muitos anos, e só passando a escritura no final. Ela só tinha um filho, já com 20 anos. Sempre dizia que não deixava atrasar um dia. No tempo que esteve aqui, comprou uma geladeira, uma TV, que eu fazia em meu cartão em dez vezes e ia descontando no salário. Tinha micro-ondas e todos aparelhos eletrônicos que aparecia. Eu nem achava que os usava. Os prédios eram três torres e ela contava que muitos moradores já tinham vendido os apartamentos. Eu imagino a bagunça no futuro, pois faltava uma assistente social para os acompanhar. A sujeira era muita. A “síndica” tinha cinco cachorros que faziam suas necessidades nos corredores. O lixo se acumulava na entrada do térreo. Ela até mudou a porta do apartamento por uma maciça, pois a que tinha era muito frágil. Bom, assim vemos os prós e os contras, tudo dependendo de cada família. De qualquer forma, estão morando num lugar seguro. Temos visto prédios em que foram usados materiais inferiores na sua construção e os problemas vão aparecendo. Mesmo por isso, é necessário um acompanhamento de engenharia... ”honesto”, pois nos dias de hoje, é comum os atravessadores. E depois, uma visita mensal de um assistente social.
Bem, vou lembrar daquelas músicas que nos davam alegria, como “Cantando na Chuva” (cuidado com os raios) “Chove, chove chuva, chove sem parar...”... “Chove, minha rua está deserta”... ”São as águas de março, fechando o verão, é a promessa de vida no teu coração”.
Hoje as deixamos guardadas...
Mas, sim, a promessa de uma vida, sem problemas, para todo o povo!
Um abraço saudoso, Didi

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