30 Apr 2024


A história do Nhoque ou Gnocchi

Publicado em DIVANIR BELLINGHAUSEN
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Há alguns anos que nos chegam a história ou a lenda, do porquê comer nhoques no dia 29 de cada mês.
Há relatos em que os antigos romanos e gregos já o faziam. Citado como uma bolinha de farinha, um pouco de sal, misturada com água. Foi talvez o primeiro prato de massa caseira. Na Itália era chamado de macarrão. Na Idade Média já era conhecido com o nome atual, nhoque. Em italiano a grafia é gnocchi. Foi nos séculos 16 que chegaram à Europa as primeiras batatas modificando muito para melhor o prato
Uma dessas lendas diz que um monge andarilho de nome São Pantaleão, chegou a uma pequena localidade italiana e bateu à porta de uma casa sendo atendido por um casal de idosos. Pediu um alimento e de imediato recebeu um prato de massa: nhoque!
Outra conta que um pobre maltrapilho pediu alimento em uma humilde casa e lhe deram um prato de comida. Passado algum tempo ele voltou aquela cidade e foi agradecer ao casal e contou que sua vida havia mudado muito para melhor depois que comeu aquela massa. Como ficou na história, foi num dia 29 de dezembro. Outra “lenda” diz que ele era um monge abonado e quando os aldeões tiraram os pratos, encontraram sob eles algumas moedas. Se conta também que um casal havia dividido a massa colocando em cada prato sete nhoques, assim devemos fazer e comer os primeiros sete nhoques do prato em pé, mastigando-os sete vezes e só depois nos sentarmos. Faz parte do ritual de agradecimento.
Enfim, as histórias são muitas, o que nos importa é que essa receita correu o mundo e é uma das massas mais apreciadas.
A história foi contada e recontada. Vários restaurantes pelo mundo começaram a divulgar o fato e transformar o dia 29 no “dia do nhoque” e alguns resolveram colocar uma cédula de dinheiro em baixo do prato. Antigamente aqui era de um real, agora como ela não existe mais, é uma de dois reais. Outros restaurantes colocavam um dólar, isso no tempo em que o dólar valia um real, o que satisfazia ainda mais, muito mais o cliente...
Dizem que têm que repetir o ritual todos os meses, pois a sorte é válida por um mês.
Hoje os nhoques são feitos com vários tipos de batatas. A comum, a doce, mandioquinha, mandioca, abóbora, etc.
No mês passado já dei a receita dessa delícia de massa. Como agora estou contando a história, rapidamente repito:
Massa do nhoque
1 quilo de batata, 1 ovo, 1/2 xícara de queijo parmesão ralado, sal e farinha de trigo o suficiente para dar o ponto de enrolar. Faça os rolinhos, corte-os mais ou menos com 1 cm. Sempre colocando um pouco de farinha sobre a bancada. Leve uma panela grande com água ao fogo. Quando ferver, vá colocando os nhoques. Quando a massa começar a boiar, retire-os com uma escumadeira colocando-os num refratário. Nunca coloque farinha demais, pois eles então ficam um pouco mais duros. Os molhos que mais combinam com eles, sempre com tomates frescos, são ao sugo ou bolonhesa (com carne moída) e muito parmesão ralado por cima.
Na Itália ele é muito apreciado ao Beurre...manteiga, e muito parmesão. Para meu gosto é um pouco enjoativo. Tive um convite em Como para comer esse nhoque na casa da prima de uma amiga. Eles não fazem as massas em casa. Nós brasileiros os fazemos muito mais. Pois era um nhoque de farinha e água, somente na manteiga e parmesão. A cada um que eu comia tinha que tomar um gole de vinho para engoli-lo. Qualquer que seja a apresentação, um vinho tinto como bebida para acompanhar sempre cai bem.
É uma delícia colocar a mão na massa e ir transformando ingredientes nessa iguaria. E quando estiver pronto, a mesa, ao olharmos veremos uma obra prima! Meus filhos preferem sempre o feito com a batata doce, receita de minha sogra Olga, filha de italianos que só o fazia dessa forma.
Então...Mãos a massa?
Bom apetite! Um abraço, Didi

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