Tenho 5 netos, em idades diferentes.
As histórias engraçadas deles se acumulam em nossa memória.
Assim como de seus amiguinhos. Lembro de um fato engraçado acontecido em uma escola. Então vamos começar...
Numa sala de crianças na faixa dos 4 anos, durante a apresentação entre eles de um teatrinho de fantoches, uma menina escolheu ser um dos personagens da história dos Três Porquinhos. Ela narrou o conto como se ela fosse um dos três personagens. No final disse que o Lobo Mau comeu dois dos seus irmãos. Terminada a história, outra pequenina se apresentou dizendo que também ia se apresentar no mesmo tema.
Falou então que ela era um lobo, mas não lobo mauuuu... que era um lobo bommm, e que queria “esclarecer” uma coisa: - Que “eu” não comi nenhum porquinho.
Com certeza, uma alminha boa...rsrs
Lembrei-me de meu neto Henrique, hoje com 26 anos. Quando ele tinha seus 4 aninhos, foi pela primeira vez andar no Trem Fantasma de um parque. Quando terminou a viagem, ele nos disse: - Eu sei que é tudo de mentira, mas meu coração pensa que é tudo de verdade!... com a mão sobre o coração que batia descompassado. Hoje é engenheiro em mineração. Em Toronto.
As crianças nem sempre gostam de bater papo no telefone. Minha neta Juliana, hoje com 18 anos, na época com 5, estava conversando comigo no telefone comum. Em determinado momento ela falou... tchau, vó... um beijo... a bateria está acabando.... Pode? Hoje cursa administração na Federal de Florianópolis.
Conversando com a outra netinha Heloiza, do Paraná, 16 anos, nos seus 6, perguntou-me no telefone:
-Quer falar com “seu filho”?
Eu respondi: - Não... quero falar com você.
Ela: - Cooomo? Você não quer falar com seu filho?
-Tudo bem... quero!
-Pai... sua Mãe no telefone. Ela quer falar com você! ...
Bela forma de me descartar. Uma vez uma amiguinha sua, minha vizinha perguntou, o que ela queria ser quando crescesse (6 anos?). Ela disse veterinária e cantora. COMO? Assim... De dia sou veterinária e a noite canto! Agora aos 16 anos ainda não está decidida qual carreira vai seguir. Em Cascavel.
Guilherme hoje com 23 anos, sempre nos surpreendeu por começar a ler muito cedo. Com seus 7 anos em menos de uma semana lia um exemplar das histórias do Harry Potter. Em cada novo lançamento, combinava com os lojistas da livraria onde era cliente e na véspera já ia buscar seu volume. Não tentava conversar com ele quando tinha um livro nas mãos. Continua grande leitor. Hoje trabalhando em Biotecnologia. Em Santa Catarina.
Daniel, meu neto com 21, é o que ficou morando comigo até os 18 anos. Quando viajávamos, enquanto eu dirigia, era meu copiloto fazendo dueto nas canções que escutávamos. Houve um tempo que ele sabia todas as músicas de Cahimy e Dick Farney. É também quem disputava comigo o computador. Hoje faz Biologia em Santos e trabalha no Jardim Botânico.
As fotos de doces momentos do passado são o que conservam vívidas nossas recordações. Hoje com as fotos nos celulares, deixamos muitas vezes de ter essas lembranças, pois aos poucos as vamos perdendo. Muitas historinhas engraçadas das crianças eu tenho na memória e no papel. Com toda a família longe de mim, espero que Deus conserve esses momentos vívidos até o término de minha vida.
Quem tem netos, com certeza tem muitas histórias para contar....
Um abraço, Didi

P.S. Quem leu minha crônica “Nossa Colcha de Retalhos” 20-07-2019, vai lembrar que contei que uma classe da EMEB Regina Rocco Casa, incentivada pela Professora Vânia, ia fazer uma colcha com os retalhos que nós, da AME, levámos para as crianças e que elas iriam completar montando a colcha. Esses pedaços de “panos”, como as crianças falaram, foram costurados pela mãe da professora. Assim, quando todos se unem num mesmo objetivo, vemos o resultado. Na semana passada as crianças foram ao Centro da Memória concluir o projeto Tive o prazer de receber a colcha e a ouvir relatos da origem dos outros retalhos. Momentos de emoção entre crianças, professoras e nós, participantes do projeto da AME. Obrigada a todos.