Imprimir esta página

No ABC, Monica Rosenberg e Ricardo Mellão divulgam ações

Publicado em Política
Avalie este item
(0 votos)

A advogada Monica Rosenberg junto ao deputado estadual e pré-candidato a senador, Ricardo Mellão, durante agenda no ABC, visitaram a redação da Folha, na quinta (11), em São Bernardo.

Monica, que também é a primeira suplente do partido Novo na Câmara Federal, é especialista no combate à corrupção, com atuação na área há mais de dez anos. Possui especializações na França e na Áustria e é autora do livro “Somos Todos Corruptos? Pequeno Manual do Ético-Chato”.

É cofundadora do Instituto Não Aceito Corrupção e, no Congresso Nacional,foi secretária executiva da Frente Parlamentar Ética Contra a Corrupção, que culminou em 700 mil assinaturas em apoio à PEC 333, que propunha o fim do Foro Privilegiado.

“A ideia é mudar a cultura de corrupção que existe no Brasil, e como fazer isso? Com pesquisa, educação e políticas públicas. A corrupção é um crime invisível, não temos números. Estamos diagnosticando uma doença sem fazer exames”, revela a advogada.

Segundo Monica, a educação é a grande ferramenta de combate à corrupção. “Não é operação policial, nem canetada que irá resolver a corrupção no Brasil, é mudando a forma como as pessoas se relacionam com a corrupção, precisamos mudar a cabeça das pessoas, a forma de olhar a corrupção e criar leis para organizar a sociedade”, explica.

Para advogada é preciso haver prevenção. “É a prevenção, que vai ajudar a reduzir índices de corrupção e não correr atrás dos corruptos. É preciso prevenir e implementar mecanismos que evitem o escoamento de dinheiro pelo ralo, e políticas públicas que funcionem. A presença das mulheres na política, por exemplo, também ajuda a inibir os esquemas de corrupção. Nos países em que há mais mulheres na política, nas esferas de decisão, há menor índice de corrupção”, destaca.

Questionada se a população não se frustrou com os desdobramentos da Lava-Jato, a maior operação no combate a corrupção no país, que teve muitos dos condenados absolvidos, é enfática: "A desesperança é um grande problema hoje. Quando as pessoas param de acreditar que a mudança está na mão delas, o sistema venceu. Precisamos continuar falando sobre esse assunto. O maior legado da Lava-Jato não foram os números, as pessoas presas, mas houve retrocessos. Temos que olhar o que sobrou da Lava-Jato, abrir os olhos da sociedade. A sociedade não aceita mais que a corrupção seja parte do sistema. O sistema está contra atacando, devemos contra-atacar com mais força ainda”.

Na avaliação de Monica, é preciso construir o repúdio social para aqueles que burlam a lei. “Precisamos quebrar a ideia de que o povo considera que o esperto, que burla a lei, é um cara admirável. Não devemos achar que o honesto é trouxa e o cara que frauda é esperto. Precisamos quebrar isso, com educação. Trago isso no meu livro que é um guia prático do que as pessoas podem fazer. Está nas nossas mãos essa mudança, devemos parar de esperar que os políticos façam, conseguiremos virar o jogo”, diz.

Segundo a advogada, é necessário olhar para as soluções e não para os culpados da corrupção. “Até agora, não buscamos soluções, buscamos os culpados, e não vamos achar solução enquanto olharmos para os culpados. Precisamos incentivar políticas públicas anticorrupção, com tecnologias, blockchain, transparência de gastos, critérios de decisão”, pondera.

CENÁRIO ELEITORAL DO NOVO

O deputado estadual, Ricardo Mellão (Novo), filho do ex-ministro do Trabalho do governo Fernando Collor, João Mellão Neto, morto em 2020, é pré-candidato a senador.

Ricardo revelou à Folha, que o partido está se preparando para eleger o maior número de candidatos nas eleições de outubro. No Estado de São Paulo, de acordo com o parlamentar, existem 300 postulantes a uma pré-candidatura. “Muitos deles já estão aprovados pelo partido”, conta.

Segundo o deputado, o Novo terá cinco pré-candidatos a governador. “No Rio de Janeiro, teremos o Paulo Ganime; em Minas Gerais, a reeleição do governador Romeu Zema; no Espírito Santo,  estará na disputa o Aridelmo Teixeira;  em São Paulo, o Vinícius Poit e, em Santa Catarina, o Odair Tramontin”, revela.

A sigla também terá na disputa o cientista político Luiz Felipe d'Avila, como pré-candidato a presidente da República. “Ele foi responsável pelo processo de apaziguamento no partido, tem uma visão muito boa e elevada sobre política e foi muito importante para unir o partido”, diz em referência à saída do fundador da sigla, João Amoêdo.

Na avaliação do parlamentar, a renovação era natural. “As pessoas entendiam que era preciso uma renovação, porque o Amoêdo já tinha sido candidato. A ideia do Novo é não ser uma instituição personalista, o que entendíamos, que era o grande mal do país, que abre espaço para populismo e todos os males que isso gera. Isso acabou gerando aqueles debates de partido. Não queríamos expor as discussões, mas acabou acontecendo. São discussões de famílias. Todas famílias têm. São as dores do crescimento. Em virtude dessas disputas, o próprio Amoedo acabou desistindo da candidatura. Foi uma opção dele e ele acabou saindo, não gostou da situação”, diz.

Mellão avalia que a pré-candidatura de Felipe d’Avila poderá romper a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Os que estão entre Lula e Bolsonaro não encontraram uma opção viável, a chamada terceira via, ninguém conseguiu esse destaque, faltou alguém unir esses anseios de quem não quer nem um, nem outro. Felipe ainda teve pouca exposição, com a campanha vai despertar mais atenção. Muita gente acaba não vendo opção, odeia um candidato, muito mais do que o outro. Só perto de outubro, as pessoas vão se atentar às eleições. Até lá, vão tocando a vida”,diz.  

Além da pré-candidatura ao Senado de Ricardo, o Novo contará com a de Paulo Roque, no Distrito Federal. Para Mellão, o Estado de São Paulo é mal representado. “Sempre elegemos senadores, ou porque não houve coragem de colocar a pessoa para prefeito ou governador, ou era alguém que era pra ser candidato a governador ou presidente e não teve espaço, são pessoas populares, que ganham o Senado como prêmio de consolação ou simplesmente aposentadoria de luxo, pois já foram prefeito ou governador e são colocados lá, para ficar oito anos”, acredita.

Segundo o parlamentar, é preciso virar a página. “O Senado é uma Casa que ainda precisa de uma renovação mais forte. Uma Casa envelhecida no mau sentido, com prática daquela cultura que precisa mudar. Acho difícil mudar com personagens novos com estruturas antigas partidárias. É preciso colocar alguém, por um partido, que não está preso a esse sistema, que tem isenção para discutir”, revela.

O deputado finaliza ressaltando a importância do ABC. “É uma região extremamente importante. É muito difícil considerar só a cidade de São Paulo, pois vivemos em uma Grande Metrópole”, destaca. De acordo com Ricardo, o Novo também terá, no ABC, como candidato a deputado federal, Roberto do Proerd. 

Última modificação em Terça, 17 Maio 2022 10:02
Folha Do ABC

A FOLHA DO ABC traz o melhor conteúdo noticioso, sempre colocando o ABC em 1º lugar. É o jornal de maior credibilidade da região
Nossa publicação traz uma cobertura completa de tudo o que acontece na região do ABCDM.

Main Menu

Main Menu