20 Apr 2024

Publicado em TITO COSTA
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George Orwell, autor desse livro famoso  1984, é o pseudônimo do inglês que se tornou um dos escritores mais lidos em todo o mundo, pois no tal 1984 ele expôs como que numa profecia situações que ocorreriam - ainda estão ocorrendo neste nosso planeta. Um querido amigo doente que visitei recentemente deu-me de presente outro livro desse autor que eu não conhecia. Não conhecia  o livro, entenda-se bem, pois o autor já lí e relí vezes quantas, o tal de 1984, sempre fascinado por seu conteúdo profético de muito do que vem acontecendo ainda, no delirante mundo em que vivemos. Agora tenho em mãos o livro "Verdade" do mesmo Orwell em que ele cuida da Verdade, um tema sobre o qual se dedicou e sobre cujas observações temos como novidades cada leitura que se faça. É uma seleção de escritos extraídos de seus romances, ensaios, cartas com temas sempre fascinantes.
Da "vida de mentiras" encontrada na Birmânia  seu primeiro romance à mentira imposta que se tornava história e viraria verdade exposta nessa sua obra prima: 1984. Segundo se lê na apresentação do livro o apagamento da verdade é a chave para entendermos esse livro com a força de suas observações "delirantes" para a época em que ele as fixou  em seu texto. Se a verdade morreu, nunca lhe foi tão fácil e importante dizer: viva a verdade!
Sua intenção explícita era "mover o mundo em certa direção, modificar a ideia que as pessoas têm sobre o tipo de verdade que deveriam almejar". Para um observador atento poucos autores são de fato bem sucedidos nessa tarefa.
Eu conheci seu livro, o tal 1984, quando ainda estudante de direito e senti o sabor de verdadeira profecia contida em seu texto - ainda hoje profético!  
Diz um observador a seu respeito que ele era um anarquista conservador quando jovem acabando por repudiar  todas as razões que o haviam levado a tomar a decisão de abandonar as razões que o levaram a repudiar todas as anteriores. Quando foi lutar na Espanha dentro de obscuro partido marxista-leninista foi contrário  a companheiros seus abrigados na Brigada Internacional.  
No texto "O  caminho  para  Wigan Pier" mostra Orwell entrando numa mina de carvão e se arrastando por galerias claustrofóbicas, depois de um quilômetro e meio, encurvado, pelas entranhas da terra, chega exausto frente a uma lavra de apenas 66 centímetros e se dá conta de que sequer havia começado seu turno de trabalho. Pessoa com tal fascínio pela aventura  só mesmo poderia ter chegado aonde aportou: num ano de 1984  que até aos dias de hoje  causaria os transtornos em sua cabeça revolucionária, profética, delirante e confiável. E também em nossa cabeça não tão bem preparada em condições de compreender seus  escritos.
Sua obra prima - 1984 - atravessa os tempos e parece um livro ter sido escrito ontem, para surpresa dos que o lerem agora. E também dos que vierem a ler, anos afora. Pois, ele reúne observações e conceitos escritos há mais de três décadas com a impressionante idéia dos que lerão agora, ou depois, que foram escritos ontem. Precisaria mais?

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