20 Apr 2024


Alimentação vegana em escolas

Publicado em TITO COSTA
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Há manias ou modismos que tomam conta de pessoas e grupos delas em matéria de alimentação. Uma dessas  manias é a alimentação vegana, muito em moda sobretudo em pessoas que a adotam ao ponto de fanatismo e intolerância quanto a ideias diferentes sobre cardápios. Claro que fica a questão restrita aos que a adotam por razões pessoais, mas a alimentação vegana se tornada obrigatória em escolas  públicas ou particulares por determinação de diretores e professores atendendo a imposição superior de autoridade municipal ou estadual, a questão toma outra dimensão. Sabe-se que vegana é alimentação sem produtos animais como carne, ovos e alguns outros outros. Mas, se imposta obrigatoriamente, a questão se torna no mínimo discutível, como vem acontecendo em escolas do sertão baiano. Ali em escolas municipais crianças e adolescentes são alimentadas duas vezes por  semana com cardápio vegano, sem nenhum produto de origem animal, por imposição do Ministério Público em razão de um Termo de Ajustamento  de Conduta por ele imposto a escolas de vários municípios. Essa imposição tende a garantir aos alunos alimentação sustentável e de melhor qualidade nutricional, reduzindo o gasto público (cf. Folha de S.Paulo, edição de 26 de novembro deste ano de 2019).
O novo cardápio não foi bem recebido pelos alunos, alguns  deles alegando que a comida ficou mais insossa sem carne, leite e ovos, como é a vegetariana. Acontece que o FNDE (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação) anunciou que iria suspender o repasse de recursos caso 100% da proteína animal fosse retirada do cardápio, pois a rejeição dos alunos era geral o que levou um professor a observar que a adoção do cardápio vegano desrespeita a legislação federal sobre merenda escolar ao substituir a proteína animal por preparações que não foram testadas  previamente. Em razão disso, não garantem o aporte diário determinado de energia, macronurientes e micronurientes prioritários. Uma promotora de justiça que se negou a dar entrevista  quando questionada sobre o assunto declarou à Gazeta do Povo: os alunos "que comam em casa com o seu dinheiro, porque aqui a gente está falando de recurso público". Mas, há alí um Termo de Ajustamento Público sendo que a Promotoria Pública lembra que em, face desse termo, não obrigatório, as prefeituras que o assinaram e não o cumprirem devem pagar a multa de até cinco mil  reais.
Agricultores da região onde vigora essa exigência de alimentação vegana alegam que o simbolo da região é a cabra e a ovelha por isso "é inconcebível que a carne e o leite desses animais fiquem fora da merenda escolar", com o que concorda o Sindicato da Agricultura da cidade de Serrinha, uma das cidades baianas a 190 quilometros da capital Salvador, onde se discute a obrigatoriedade da alimentação vegana.
Com todo o respeito aos partidários da alimentação vegana, não se pode aceitar - digo eu - uma imposição oficial para sua adoção. Existem fanáticos intransigentes desse costume alimentar, mas o fanatismo de uns não poderá obrigar a todos que lhe sejam contrários. Principalmente se essa obrigação é imposta por autoridade pública como nessas cidades baianas.

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