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Publicado em TITO COSTA
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Segundo nos conta Rubem Alves o Caleidoscópio nasceu  na Inglaterra nos primeiros anos do século passado. Seu inventor foi Sir David Brewster, provavelmente um vagabundo, pois se não fosse não teria a ideia. O trabalho intenso faz mal à criatividade. Nietzsche, dirigindo-se àqueles para quem a vida é “trabalho furioso”, aqueles para quem o trabalho furioso é coisa boa, e também tudo que é rápido, novo e diferente, conclui: “O fato é que vocês não ao se suportam. Seu trabalho é fuga, um desejo de se esquecerem de vocês mesmo”.
Vocês não têm conteúdo nem mesmo para a preguiça”. Deve ter sido num momento de vagabundagem que a ideia do caleidoscópio apareceu na cabeça de Sir Brewster. Como ele era homem muito culto e conhecia o grego antigo, uniu as palavras gregas kalos (= belo), eidos (= imagem) e scopio (= vejo). Caleidoscópio quer dizer “vejo belas imagens”. As belas imagens do caleidoscópio se fazem com caquinhos de vidro, clipes, tachinhas, pedrinhas.
O mesmo acontece com os artistas. Eles têm a capacidade de produzir o belo com o insignificante”. (do livro de Rubem Alves “Ostra feliz não faz pérola”).
A palavra insignificante lembra uma brincadeira que circulou no Brasil nos tempos de Getúlio Vagas. Contava-se que numa viagem de visita a uma cidade, as figuras importantes da sociedade local, acompanhando-o na estação ferroviária onde ele embarcaria num trem de volta ao Rio, o prefeito, então. no entusiasmo da despedida teria dito “adeus, insigne partinte”. Ao que  ele agradeceu da mesma forma, dizendo ao prefeito: “adeus, insignificante”.
Brincadeiras com visitas importantes de autoridades a cidades do interior, lembram um fato verídico mas constrangedor para a então primeira dama do estado de São Paulo. Carvalho Pinto, governador, visitando a cidade de Catanduva, interior do Estado,  falava ao público presente da tri-buna colocada num caminhão. Excesso de peso na “viatura oficial”, tal o número de convidados e candidatos (... e “penetras”) que nela se aboletararm, rompe-se a improvisada tribuna e dela precipitam-se, caindo ao chão os seus ocupantes, entre eles, para constrangimento total, a esposa do governador, dona Yolanda. E, pior, ainda. Ela caiu dentro de uma tina cheia de água colocada ao pé do caminhão isolando-o da proximidade física com a turbamulta ali presente. Imagine-se o constrangimento geral a encerrar de  modo inesperado o entusiasmo  e a oratória eloquente própria das campanhas eleitoreiras.  
Coisas da política que contadas tempos depois de sua ocorrência, têm o sabor de um fato carregado de história e do inesperado...  E naquele momento, que história!

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