Afinidade com a profissão. Desenvolvimento de habilidades. Capacitação para o mercado de trabalho. Estes são os principais resultados alcançados pelos 76 alunos do APAE Inclusão, projeto de empregabilidade da APAE de Santo André. É o que apontam os oficineiros do programas de capacitação gratuitos, cujo principal objetivo é incentivar a contratação dos beneficiários das oficinas por meio da Lei de Cotas.

Aprovado no FUMCAD de Santo André, o projeto oferece oficinas de capacitação nas áreas de Panificação, Audiovisual, Informática, Rotinas Administrativas, Artesanato e Corte e Costura. As vagas são destinadas a pessoas com deficiência intelectual entre 12 e 17 anos. “Esse projeto coloca a APAE em um patamar de grande visualização na comunidade. Sua efetivação se dará na medida que cada oficina oferecerá aos jovens de todas as possibilidades de aprender, vivenciar e construir. Um aprendizado que o fará capaz de ingressar no mundo do trabalho”, destaca a diretora escolar da APAE Santo André, Valéria Barral.

Recentemente, o APAE Inclusão recebeu convite para os alunos participarem de um processo seletivo de vagas PCD. Essa oportunidade é para os alunos de Rotinas Administrativas. A equipe da APAE Santo André já foi conversar com o departamento de RH da empresa para conhecer melhor as vagas, atividades relacionadas e carga horária. O próximo passo é realizar a entrevista com um grupo de alunos do projeto.

OFICINAS- Cintia Rinaldis, pedagoga e pós-graduada em Educação especial, é oficineira de Rotinas Administrativas. Ela destaca que seus alunos são comprometidos com os deveres de casa como pesquisa, ver jornais e atualizações“. As atividades são parte das rodas de conversas e atividades práticas. Trazem muitas informações e questionamentos, o que é muito positivo, pois na troca é que se dá aprendizagem. Não se nega sua deficiência, nem tomamos ela como base para impedir o desenvolvimento dos exercícios. Além das atividades em classe, os alunos exercem funções administrativas dentro da APAE de Santo André. “O objetivo é conscientizá-los da importância do trabalho. Mostrar que são capazes”, explica. Alguns alunos do programa já serão encaminhados para vagas em empresas da região.

Além da oficina de Rotinas Administrativas, outros programas de capacitação são um sucesso entre os alunos e oficineiros. É o que garante a pedagoga Adriana Aparecida de Oliva, que é a responsável por ministrar para 17 alunos, a oficina de Artesanato cujo objetivo é ensinar a transformar a matéria-prima bruta ou em um produto artesanal, com o domínio técnico sobre materiais, ferramentas e processos de produção. “O aprendizado acontece de maneira diferente para cada aluno de acordo com suas dificuldades, que são trabalhadas no momento da realização das atividades, sempre com supervisão”, conta. Para ela, o maior desafio é que os alunos saiam, realizando o que foi ensinado”, celebra.