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Mario Rodrigues: “A relação da Volks com S.Bernardo é mais próxima”

Publicado em Negócios
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Confira entrevista exclusiva à Folha do ABC, do diretor da fábrica Anchieta da Volkswagen do Brasil, Mario Rodrigues.

 

Folha do ABC - Em 1957, saiu da linha de montagem da fábrica de São Bernardo, o primeiro modelo da marca produzido em território nacional: a Kombi, com 50% de suas peças e componentes produzidos no País. Em 66 anos de história no Brasil, quantos e quais os veículos produzidos em São Bernardo? No próximo plano de investimento da Volkswagen para o Brasil, posto que o atual aporte, de R$ 7 bilhões, termina em 2020, estão previstos novos aportes para a fábrica de São Bernardo?

 Mario Rodrigues -  Em seis décadas de operação, a unidade Anchieta já superou a marca de 13 milhões de veículos produzidos. Ao longo desses anos, diversos modelos icônicos da marca VW foram fabricados em São Bernardo, como Kombi, Fusca, Karmann-Ghia, VW 1600, Variant, Karmann-Ghia TC, VW  1600 TL, SP1, SP2, Brasília, Passat, Variant II, Voyage, Saveiro, Santana, Quantum, Gol, Parati, Polo, Polo Sedan e Jetta. Dentro do plano de investimentos de R$ 7 bilhões no Brasil até 2020, a fábrica Anchieta recebeu aportes de R$ 2,6 bilhões destinados à implementação da plataforma modular global MQB, que possibilitou a produção do Novo Polo e Virtus, dois modelos que marcam a virada de página da Volkswagen no País.

Folha - A fábrica Anchieta também considerada um complexo industrial, foi a primeira fábrica da Volkswagen fora da Alemanha. Qual a relação da Volkswagen com a cidade e seus munícipes, ao longo destes anos?

 Mario -  A Volkswagen tem um compromisso de longo prazo com o Brasil e com os brasileiros. De alguma forma, essa relação é ainda mais próxima de São Bernardo, cidade que abrigou a primeira fábrica da Volkswagen fora da Alemanha. Das nossas linhas de produção já saíram carros para mais de uma centena de países ao longo de todos esses anos, o que acredito que seja motivo de orgulho para a cidade. Temos também uma relação de muita proximidade com as pessoas. Na Anchieta, temos casos de família de até três gerações de pessoas que trabalham ou já trabalharam na Volkswagen. Outro ponto importante que temos na Anchieta é o Senai, um centro de formação profissional que já capacitou mais de 6,5 mil profissionais para o mercado de trabalho em 45 anos de atuação dentro da fábrica. A escola foi pioneira ao implantar na indústria brasileira a metodologia de ensino dual alemã, que alia a teoria à prática. A Volkswagen também foi a primeira empresa do País a oferecer, na mesma escola, o curso de Mecatrônica em padrão de ensino alemão, que permite ao aluno obter diploma reconhecido pelo Governo da Alemanha.

 

Folha - Quais os principais desafios da fábrica Anchieta e as conquistas durante a sua administração?

Mario -  Um dos principais desafios é fazer com que a unidade Anchieta esteja sempre entre as principais fábricas da Volkswagen no mundo. Ações da liderança da empresa, como trabalhar durante um turno nas linhas de produção, por exemplo, nos tem proporcionado oportunidades de melhoria para que possamos manter um time coeso e integro.

Esta postura de integridade estende-se para as questões ambientais, onde somos um agente importante na comunidade. Alinhada aos princípios do Grupo VW e ao programa de sustentabilidade ‘Think Blue. Factory’, a fábrica Anchieta já substituiu 30.000 lâmpadas tubulares, das 130.000 existentes, na fábrica, além de iluminar os logos existentes, tudo por tecnologia LED. Essa ação gerou economia de 6.500 MWh/ano para a Anchieta, e ao término chegará a 29.000 MWh/ano. Os desafios não cessam, visto o novo modelo de modernização constante nos negócios. A Indústria 4.0 já é uma realidade e um desafio na fábrica Anchieta.

 

Folha - Como o sr. definiria a fábrica da Anchieta, em grau de importância para a Volkswagen e quais os números (funcionários, volume de produção, veículos exportados e investimentos)?

 Mario -  A Anchieta foi a fábrica escolhida para produzir os carros que deram início à Nova Volkswagen que estamos construindo no Brasil, uma empresa mais ágil, mais conectada e ainda mais próxima de seus públicos. Portanto, a definição é de uma fábrica estratégica e de grande importância para o grupo e consequentemente para comunidade. De janeiro a julho de 2019 já foram vendidas 38.222 unidades do Polo, 25.776 unidades do Virtus e 22.489 unidades da Saveiro. Alcançamos market share de 15,3% no mês de Julho, sendo, 2,6% referente ao Polo, 1,7% para o Virtus e 1,5% para Saveiro.

Além da importância no mercado internos, temos exportado Virtus para o México e Saveiro para Peru. Com grande espirito de equipe, flexibilidade e foco nos prazos, o Virtus, fabricado com exclusividade na Anchieta, agora está em 10 mercados de exportação. Já a Saveiro, um ícone de vendas, é o 5º modelo mais vendido no exterior, com mais de 280 mil unidades exportadas.

 

Folha - Qual o presente que a Volkswagen do Brasil gostaria de dar ao município neste aniversário de 466 anos?

 Mario - Além de continuarmos gerando empregos de qualidade, estamos preparando a fábrica para receber mais um novo modelo da marca, totalmente inédito e com grande potencial tanto no mercado interno como para exportações.

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