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Consórcio quer Polo de Ferramentaria no ABC

Publicado em Negócios
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O Consórcio Intermunicipal do ABC levará à Brasília o pedido para que a região receba um centro de pesquisa e desenvolvimento de ferramentaria, como parte do Rota 2030, programa automotivo brasileiro que prevê isenções para montadoras que investirem em tecnologia. A proposta surgiu em reunião entre os agentes do setor realizada na sede da entidade regional, em Santo André, na segunda (15).

O encontro contou com representantes do poder público municipal das sete cidades, de instituições de ensino técnico voltado para a área, associações comerciais e industriais da região, empresas do setor e sindicatos.

Na abertura do evento, o diretor de Programas e Projetos do Consórcio ABC, Giovanni Rocco, fez apresentação sobre as potencialidades do ABC no setor metalúrgico. Depois, fizeram explanações sobre o tema o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, o secretário-executivo da entidade regional, Edgard Brandão, o deputado estadual Paulo Nishikawa e o secretário Desenvolvimento e Geração de Emprego de Santo André, Evandro Banzato, que representou o Grupo de Trabalho (GT) Desenvolvimento Econômico, hoje coordenado por um representante da Prefeitura de Santo André.   

Morando sugeriu uma reunião entre os prefeitos das sete cidades e representantes do setor produtivo com o secretário de Produtividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa. O encontro será articulado por meio do escritório regional do Consórcio ABC em Brasília.

Para o prefeito de São Bernardo, é importante que chegue à pasta federal que a região não está apenas apta para ser beneficiada pelo programa automotivo, mas exige receber a iniciativa. Ainda segundo Morando, se o ABC não for selecionado, o sentimento será de que a questão não está sendo conduzida tecnicamente.

“Esta discussão tem de ser tratada de maneira grande e nós não podemos nos encolher diante desta preocupação. O polo tecnológico é um direito nosso e mantém o protagonismo industrial do Grande ABC”, afirmou Morando.

Da área educacional, estiveram presentes representantes da Universidade Federal do ABC (UFABC), Instituto Mauá de Tecnologia, Fundação Santo André e Senai. Do setor produtivo, havia integrantes do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e associações comerciais e industriais de Santo André, São Bernardo e Ribeirão Pires, além de algumas empresas de ferramentaria.

Também enviaram representantes a Caixa Econômica Federal, Conselho Regional de Economia (Corecon), Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

Na reunião, ficou definido que os agentes do setor farão novo encontro na sexta (19), quando será formatado um documento técnico que será protocolado no Ministério da Economia. Esse mesmo texto será encaminhado ao presidente do Consórcio ABC e prefeito de Santo André, Paulo Serra, que junto com os demais chefes dos Executivos municipais planejam ir à Brasília para uma agenda com o ministro da Economia, Paulo Guedes, responsável pelo programa Rota 2030.

“A ideia é que nosso pleito chegue até ao presidente Jair Bolsonaro. Não tem sentido o ABC perder um equipamento para desenvolvimento do setor da ferramentaria. A região tem todas as potencialidades e estrutura técnica para receber um polo tecnológico voltado ao setor, e o Governo Federal precisa saber disso”, afirmou o secretário-executivo do Consórcio ABC, Edgard Brandão.

Rota 2030

O Programa Rota 2030 - Mobilidade e Logística é parte da estratégia elaborada pelo Governo Federal para desenvolvimento do setor automotivo no país, e compreende regramentos de mercado, o regime automotivo sucessor do Programa Inovar-Auto, encerrado em 31 de dezembro de 2017, e um regime tributário especial para importação de autopeças sem produção nacional equivalente.

A ação federal guarda como objetivo ampliar a inserção global da indústria automotiva brasileira por meio da exportação de veículos e autopeças. A proposta é que este movimento de inserção global seja progressivo, permitindo que ao final da vigência do programa o país esteja inteiramente inserido e no estado das artes da produção global de veículos automotores.

O programa também possui como pressupostos princípios de sustentabilidade ambiental e cidadania. De forma complementar, as políticas de estímulo à pesquisa e desenvolvimento (P&D) visam dotar as empresas de instrumentos para que possam alcançar as metas a serem estabelecidas, além de lhes conferir condições de competitividade para que tais atividades possam ocorrer no País.

Dentro do Rota 2030, está previsto um centro nacional de pesquisa e desenvolvimento de ferramentaria. É esse programa que o Consórcio ABC luta para trazer para a região. O equipamento tem potencial para gerar aproximadamente 300 empregos diretos.

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